[weglot_switcher]

Stanley Ho: Magnata do jogo dava cartas em tudo aquilo em que se metia

Milionário que nasceu em Hong Kong e fez renascer Macau sabia tudo o que era preciso para fazer fortuna numa zona em constante mutação. Stanley Ho passou por todos os regimes, por todos os amigos e por todos os negócios sem encalhar em nenhum. Reformou-se em 2018, com 96 anos.
30 Maio 2020, 21h00

Stanley Ho – que para facilitar é referido na imprensa portuguesa como o magnata do jogo de Macau – não jogava jogos de casino: o seu instinto de sobrevivência dir-lhe-ia que não era coisa segura ou, para ser segura, tem de se estar do lado do tipo que dá as cartas e não do lado do que as recebe.

Nascido em Hong Kong, no seio de uma família abastada, em 25 de novembro de 1921, a biografia de Stanley Ho tem todos os ingredientes para se transformar num romance de segunda categoria que sirva de guião a uma série de enorme sucesso. Estão lá todas as características essenciais: o início de vida e de fortuna angariada à custa do contrabando depois de uma fuga da terra natal para a muito mais pacata (e neutral) Macau; o envolvimento com o núcleo duro dos decisores locais; a participação no uso do jogo como elemento refundacional da própria cidade – que se converteu na “Las Vegas da Ásia”, ou vice-versa; e a evidência de que o seu gabinete passou a ser em determinada altura o hub onde estacionava uma parte substancial das decisões políticas, económicas e, sobretudo, político-económicas daquela tão longínqua quanto misteriosa parte da Ásia.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.