Stanley Ho – que para facilitar é referido na imprensa portuguesa como o magnata do jogo de Macau – não jogava jogos de casino: o seu instinto de sobrevivência dir-lhe-ia que não era coisa segura ou, para ser segura, tem de se estar do lado do tipo que dá as cartas e não do lado do que as recebe.
Nascido em Hong Kong, no seio de uma família abastada, em 25 de novembro de 1921, a biografia de Stanley Ho tem todos os ingredientes para se transformar num romance de segunda categoria que sirva de guião a uma série de enorme sucesso. Estão lá todas as características essenciais: o início de vida e de fortuna angariada à custa do contrabando depois de uma fuga da terra natal para a muito mais pacata (e neutral) Macau; o envolvimento com o núcleo duro dos decisores locais; a participação no uso do jogo como elemento refundacional da própria cidade – que se converteu na “Las Vegas da Ásia”, ou vice-versa; e a evidência de que o seu gabinete passou a ser em determinada altura o hub onde estacionava uma parte substancial das decisões políticas, económicas e, sobretudo, político-económicas daquela tão longínqua quanto misteriosa parte da Ásia.
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