A startup portuguesa Theia, que está sediada no Instituto Pedro Nunes, venceu esta semana um prémio europeu com uma aplicação que permite monitorizar o estado das infraestruturas rodoviárias. O projeto ERMES (Extensive Road Monitoring Early-warning System), da empresa de Coimbra, conquistou os jurados na categoria “Digital Transport Challenge” da edição 2019 dos Copernicus Masters, considerados os “Óscares do Espaço” da Comissão Europeia e da Agência Espacial Europeia (ESA).
O trabalho vencedor de um dos oito galardões atribuídos está neste momento a ser apoiado pela iniciativa “Small Business Applications” da ESA. A aplicação em causa funciona através de dados de satélite de Observação da Terra e tem o intuito de controlar a estabilidade de taludes e o abatimento do solo de autoestradas e rodovias.
“O processamento desses dados possibilitará a identificação precoce de ocorrências potencialmente perigosas e contribuirá para uma atividade de ‘monitoramento’ mais eficiente, complementando as medidas in situ [no local] já disponíveis”, explica a Theia. “Também permitirá uma primeira avaliação mais rápida da integridade da infraestrutura de toda a rede rodoviária após a ocorrência de desastres naturais”, clarificam os autores do projeto.
Theia desenvolve soluções de monitorização para o património cultural, histórico e arqueológico através de dados de satélite. Durante dois anos integrou a incubadora portuguesa da Agência Espacial Europeia, mas acabou por atingir a maturidade e evoluído para uma segunda fase de apoio.
O que é o Copernicus Masters?
É uma iniciativa da Comissão Europeia e da ESA que visa premiar produtos e serviços inovadores que utilizem dados de observação da Terra do satélite europeu Copernicus em áreas como a saúde, energias renováveis, proteção ambiental, agricultura inteligente, gestão de catástrofes, transporte digital, cidades inteligentes, entre outras.
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