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Startup portuguesa Coverflex levanta cinco milhões de euros na maior ronda ‘pre-seed’ de sempre em Portugal

A Coverflex fornece às empresas uma plataforma digital de compensações flexíveis. O objetivo da startup com o valor recebido é internacionalizar a operação e “recrutar mais talento para as equipas de produto e engenharia”. Coverflex quer fechar 2021 com uma equipa de 60 pessoas.
  • Equipa fundadora da Coverflex (da direita para esquerda): Luís Rocha, Nuno Pinto, Rui Carvalho e Miguel Santo Amaro
14 Abril 2021, 11h13

A portuguesa Coverflex recebeu cinco milhões de euros no final de uma ronda ‘pre-seed’ – fase que antecede a primeira fase de captação de investimento que se destina a alavancar a operação de uma startup -, foi esta quarta-feira anunciado. A startup assegura que se tratou da maior ronda ‘pre-seed’ de sempre, em Portugal, com os fundos pan-europeus Breega, Fundo 200M e “outros investidores locais” a liderar o investimento.

A Coverflex é uma startup que fornece às empresas uma plataforma digital de compensações flexíveis. Em comunicado, a startup afirma que pretende, com a verba amealhada junto dos investidores, internacionalizar a operação e “recrutar mais talento para as equipas de produto e engenharia”. A Coverflex emprega hoje trinta pessoas e o objetivo é “duplicar a equipa até ao final do ano”.

Esta startup nacional foi criada em 2019 por Luís Rocha, Miguel Santo Amaro, Nuno Pinto e Rui Carvalho. O objetivo destes jovens empresários é transformar o mercado de pagamentos a trabalhadores com uma “solução de compensação flexível que permite às empresas reduzir os custos e maximizar o potencial de rendimento”.  Ou seja, a Coverflex oferece às empresas formas diferenciadas de compensação aos trabalhadores. A partir de um cartão Visa, a Coverflex dá mais opções de pagamentos além dos salários – como seguro de saúde, subsídio de refeição, benefícios sociais e descontos -, que podem ser geridas como as empresas entenderem, com cada trabalhador a poder “escolher os benefícios adaptados às suas necessidades pessoais”.  A Coverflex chama a isto “compensação como um serviço”.

A Coverflex já tem como clientes a PwC, a Bolt, a Emma – The Sleep Company, a Landing.Jobs, a Startup Lisboa, a Rows, a Paul Stricker, a Velocidi e a Unbabel.

“A forma como trabalhamos está a mudar, mas a compensação — salário, bónus, equidade e benefícios — não tem evoluído ao longo de décadas. A atual abordagem rígida de one-size-fits-all [uma única forma de atuar serve todos os propósitos] está ultrapassada e não consegue satisfazer as necessidades do mercado de trabalho moderno”, afirma cofundador e presidente executivo da Coverflex, Miguel Santo Amaro, que também cofundou a Uniplaces.

O dirigente da Coverflex e cofundador do fundo Breega, Ben Marrel, justifica a verba captada com a crença de que a startup vai ser um “game-changer” (neste caso, uma empresa que vai mudar o paradigma do mercado nacional). “Quando financiamos um projeto, estamos a investir no futuro e, por isso, temos de estar atentos ao impacto que terá”, diz.

Já Nuno Pinto, outro dos cofundadores da Coverflex, salienta que o investimento captado numa fase tão inicial da operação “valida o modelo de negócio” criado. “E confirma que o nosso foco na adaptação dos processos de recursos humanos à procura atual, relacionada com uma experiência de compensação mais personalizada, é mais do que relevante hoje em dia”, argumenta.

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