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STEC acusa CGD de “intransigência negocial” por propor um aumento médio de 3,4%

Sindicato revela não aceitar proposta da CGD, mas admite manter “uma total seriedade negocial” com o último valor apresentado: 4,9% com 100 euros de aumento mínimo.
10 Maio 2024, 10h11

Na última reunião negocial com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), sobre a revisão salarial de 2024, a CGD avançou com uma nova proposta de aumento de 3,4% de média ponderada, o que o Sindicato de Trabalhadores das Empresas do grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) considera “uma posição de intransigência negocial”.

“Ora, para se perceber melhor o que é isto de ‘média ponderada’, deve dizer-se que neste palavrão cabe tudo… menos o aumento direto propriamente dito”, diz o STEC. “Uma média ponderada de 3,4%, traduz-se numa atualização salarial insignificante, considerando a percentagem que a CGD já adiantou como aumento, em fevereiro, de 3%”, acrescenta.

O STEC diz que “os trabalhadores da CGD que no período de 2010 a 2023 sofreram uma perda brutal de poder de compra nas suas remunerações líquidas entre os -11,4% e -22,1%”.

“Face a esta caricatura de negociação, o que podemos informar é que o STEC mantém uma total seriedade negocial, que apresentou uma última proposta de 4,9% com 100 euros de aumento mínimo e que aguarda resposta da CGD na próxima reunião negocial, dia 23 de maio, mas que por respeito ao esforço e sacrifício dos seus associados e dos trabalhadores em geral… não aceitou a proposta da CGD de 3,4% de média ponderada”, revela a direção do STEC em comunicado.

O sindicato invoca mais uma vez que “quem apresenta lucros recorde de quase 1.300 milhões de euros, não pode vir para uma negociação salarial, desvalorizar assim os trabalhadores e o seu esforço, precisamente aqueles a quem, e ao seu sacrifício, se devem tais lucros” e diz que “estamos de forma séria e digna nas negociações, buscando sempre trabalhar para chegar a um consenso com a CGD”.

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