[weglot_switcher]

STEF fecha 2021 com faturação de 3,5 mil milhões de euros, uma subida de 11,5%

Em Portugal, a STEF aumentou o seu dispositivo com a abertura de uma “plataforma estratégica” na zona de Lisboa.
11 Março 2022, 15h56

O volume de negócios do Grupo STEF, multinacional especializada em operações logísticas para produtos alimentares, ascendeu a 3,5 mil milhões de euros em 2021, o que traduz um crescimento de 11,5%.

O resultado operacional do grupo fixou-se em 154 milhões de euros, uma subida de 32% face ao exercício precedente.

Os responsáveis da STEF consideram que 2021 foi um “ano marcado por uma forte dinâmica de crescimento externo e pela implantação do grupo no Reino Unido” e sublinha o “reforço dos compromissos ambientais do grupo com a sua abordagem climática ‘Moving Green’”.

“Em 2021, o grupo melhorou o seu desempenho económico em todos os seus países de implementação e em todas as suas atividades, regressando, assim, aos níveis de 2019. Os resultados atestam a solidez dos fundamentos da STEF, a nível operacional e financeiro, bem como, a sua capacidade de investir no futuro”, assegura Stanislas Lemor, presidente-director-geral da STEF.

Segundo este responsável, “o ano fica marcado pelas operações de crescimento externo, tendo o grupo dado um passo importante no seu desenvolvimento com a aquisição da Langdons no Reino Unido”.

“Finalmente, graças à mobilização das suas equipas e à colaboração com os seus ‘stakeholders’, a STEF concretizou os seus compromissos climáticos no âmbito da sua nova abordagem ‘Moving Green’, que assenta numa mobilidade sustentável e numa produção de frio mais virtuosa”, assegura Stanislas Lemor.

De acordo com um comunicado da empresa, “a estabilização da crise sanitária e o dinamismo do consumo na Europa permitiram ao grupo registar um crescimento do resultado operacional tanto em França, como a nível internacional”, embora o segundo semestre tenha sido “fortemente impactado pelo aumento do preço da eletricidade”.

Por zona geográfica e por atividade, a STEF França regressou a um desempenho próximo do ano 2019, apesar de ter sido confrontada com uma grande volatilidade nos volumes tratados e uma escassez da mão-de-obra.

“O segmento de refrigerado registou uma forte recuperação com um aumento de 8% do volume de negócios, graças aos efeitos combinados da recuperação económica, dos ganhos de quota de mercado e da boa dinâmica comercial dos nossos clientes. O segmento de congelado registou um crescimento do volume de negócios de 5%, mas a sua rentabilidade foi afetada pelo aumento do custo da eletricidade. O volume de negócios do retalho é comparável a 2020. O seu desempenho foi também afetado pelo aumento dos custos de energia. As atividades de ‘e-commerce’ representam 25% do volume de negócios desta atividade. Apesar dos sucessivos episódios de confinamento e recolher obrigatório, as atividades de restauração e de produtos do mar reencontraram o equilíbrio”, sintetiza o referido comunicado.

Quanto à STEF Internacional, “todos os países conheceram uma forte dinâmica de investimento e desenvolvimento”, destacando os responsáveis da STEF que “este é um motor de crescimento rentável para o grupo”.

“Em Itália, o bom dinamismo do negócio de congelado contribuiu para a melhoria do seu desempenho. Prossegue a integração das atividades de fluxos internacionais adquiridas no início de 2021. As atividades em Espanha registaram bons progressos com a assinatura de novos contratos comerciais. Em Portugal, a STEF aumentou o seu dispositivo com a abertura de uma plataforma estratégica na zona de Lisboa. Na Bélgica e nos Países Baixos, o grupo reforçou a sua posição graças às novas atividades de fluxos internacionais recentemente adquiridas. O bom desenvolvimento comercial na Suíça permitiu uma melhor exploração dos meios de produção e, consequentemente, uma clara melhoria do resultado operacional”, resume o comunicado em causa.

Quanto ao sector marítimo, “a diversificação da La Méridionale permitiu um forte crescimento do volume de negócios”, mas, “no entanto, as várias restrições de circulação relacionadas com a crise sanitária (encerramento do tráfego de passageiros para Tânger durante cinco meses) penalizaram fortemente os seus resultados”.

No que respeita a perspetivas para 2022, “num contexto geopolítico com consequências incertas, o grupo permanece vigilante para o ano em curso”.

“Este ano será dedicado a integrar as suas novas atividades no Reino Unido e a preservar a sua rentabilidade operacional num contexto inflacionista. O grupo colocará especial ênfase no reforço da atratividade das suas atividades e na fidelização das suas equipas. A STEF continuará também os seus investimentos na transição energética”, assinala o mesmo comunicado.

O conselho de administração decidiu propor à votação da assembleia geral de 28 de abril próximo o pagamento de um dividendo de três euros por ação, representando um montante de 37 milhões de euros.

“Atento à distribuição equilibrada do valor criado, o grupo pagará também este ano 42 milhões de euros aos seus colaboradores sob a forma de participação nos lucros e esquemas de incentivos, bem como a contribuição prevista no plano de poupança da empresa a nível internacional”, conclui o referido comunicado.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.