Subida de ‘rating’ pela DBRS “reflete melhoria continuada do desempenho da economia”, diz Governo

O Ministério das Finanças reagiu à avaliação da agência de notação financeira DBRS à dívida soberana portuguesa, salientando que a revisão em alta da DBRS “reflete a melhoria continuada e estrutural do desempenho da economia portuguesa”.

“Esta revisão em alta é mais um passo fundamental que traduz a política de credibilização de Portugal a qual é essencial para prosseguir a estratégia de crescimento inclusivo com estabilidade política, económica e social”, frisou o ministério tutelado por Mário Centeno, em comunicado divulgado esta sexta-feira.

A DBRS subiu esta sexta-feira a notação da dívida soberana portuguesa para ‘BBB+’ e alterou a perspetiva de ‘positiva’ para ‘estável’. O governo sublinha que agência destaca “o esforço continuado de consolidação orçamental estrutural, que se traduz no equilíbrio das contas públicas e na redução sustentada do rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB), no quadro de uma política que promove o investimento, o crescimento sustentável e a criação de emprego permanente”.

As Finanças enumeram ainda as alterações “positivas na estrutura da economia portuguesa”, “a diversificação e melhoria da qualidade das exportações”, assim como “o crescimento do investimento privado” como factores que a DBRS aponta enquanto “tendências que se revestem de crucial importância”.

“A DBRS antevê a continuação do crescimento equilibrado da economia portuguesa no futuro, apoiado por uma dinâmica positiva da procura interna associada ao crescimento do emprego, das remunerações e do investimento. O ritmo de crescimento deverá ser mais moderado do que no passado recente em virtude de uma desaceleração da procura externa”, acrescenta.

“A dívida pública portuguesa beneficia hoje da classificação de investimento pelas quatro principais agências de rating internacionais, estando com perspetiva positiva nas outras três”, salienta ainda o Governo, destacando que a taxa de juro das obrigações portuguesas a 10 anos está abaixo de 0,2%, que classifica “um valor sem paralelo histórico e o diferencial face a Espanha mantém-se praticamente nulo”.

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