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Subway explora possibilidade de venda

A cadeia de ‘fast-food’ confirmou esta terça-feira que está ativamente a explorar oportunidades de venda da marca Subway e contratou os serviços de consultoria da JP Morgan.
14 Fevereiro 2023, 17h49

A gigante das sanduíches está a pensar em vender a cadeia a nível mundial. A confirmação da intenção veio da própria Subway esta terça-feira.

Uma possível venda dos restaurantes a nível mundial – muitos dos quais operam em regime de franchise – pode valorizar a marca em cerca de 10 mil milhões de dólares, de acordo com um relatório elaborado no mês passado pelo ‘Wall Street Journal’, que na altura já avançava com a possibilidade de venda.

A tentativa de negócio, agora validada, conta com assessoria da JP Morgan, que fica encarregue de “explorar as possibilidades existentes”, diz a Subway, sem concretizar um prazo mas ressalvando que todo o processo pode nem resultar numa venda. No fundo, estão a sondar o mercado.

“A equipa de gestão continua empenhada no futuro e vai continuar a jornada de transformação multi-anual, que inclui um foco na inovação dos menus, na modernização dos restaurantes e melhorias à experiência do cliente”, lê-se no comunicado.

A Subway tem atualmente mais de 40 mil restaurantes em mais de 100 países. Os resultados, divulgados no início deste mês, mostram que as vendas em loja subiram 9,2% em 2022, um dos melhores indicadores da empresa em mais de dez anos.

De notar que a empresa não é obrigada a divulgar os seus resultados financeiros, já que é detida privadamente, mas a gestão da empresa tem partilhado publicamente dados sobre as vendas, ora numa ótica de transparência, ora para cativar o interesse de algum potencial comprador.

O início do século não foi fantástico para as contas da empresa, que depois de um período de crise, adotou um plano multi-anual de transformação. Em Portugal, a Subway tem pelo menos 17 restaurantes, segundo dados de outubro de 2022, apesar de em 2017 ter previsto a abertura de até 40 estabelecimentos no país até 2020.

Ainda assim, a estratégia de recuperação a nível global tem valido as prezes dos analistas. A empresa regista oito trimestres consecutivos com aumento de vendas, segundo um comunicado publicado no início de fevereiro. As vendas através das plataformas digitais – que inclui plataformas de entrega como a Uber Eats e a Glovo – mais do que triplicaram face a 2019.

A ajudar também o facto de a empresa ter reduzido o número de restaurantes em 22%, entre 2015 e 2021.

O fundador Peter Buck morreu em novembro desse ano e deixou metade das ações à fundação criada por si, o que significa que a cadeia será em breve detida a 50% por uma organização sem fins lucrativos, deixando no ar o possível impacto que isso poderá ter para uma eventual venda do negócio.

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