Duas décadas após a sua renovação, já passaram pelos Armazéns do Chiado cerca de 150 milhões de pessoas. O edifício que substituiu os antigos “Grandes Armazéns do Chiado”, que arderam em 1988, ajudou a revitalizar o coração do centro histórico da cidade de Lisboa, a Baixa Chiado.
Mas os impactos do renovado edifício não se ficaram por aqui, tendo contribuído para a subida dos preços no mercado imobiliário na Baixa Chiado. Francisco Cavaleiro de Ferreira, managing director da Multi Portugal, que gere o centro comercial, disse que o “sucesso dos Armazéns do Chiado” contribuiu para a subida dos preços do imobiliário nesta área da capital, a par de “muitos outros espaços que foram consolidando toda esta área como um destino preferencial dos lisboetas e dos milhares de turistas que nos visitam”.
“É um excelente caso de sucesso em que ganhou o cliente pela melhoria significativa da oferta, ganhou o retalhista pelo aumento de vendas, ganhou o investidor pelo aumento das rendas e acima de tudo ganhou a cidade de Lisboa e os lisboetas por terem um local renovado de grande qualidade que satisfaz as suas aspirações e as suas necessidades nos mais diversos níveis”, vincou o gestor dos Armazéns do Chiado.
Segundo os dados do INE divulgados na semana passada, duas das três freguesias com o preços do m2 médios mais caros do território nacional encontram-se ali bem perto dos Armazéns do Chiado: na Misericórdia, que inclui o Bairro Alto e o Cais do Sodré, com um preço médio de 4.718 euros por m2 e Santa Maria Maior, que inclui as áreas do Castelo e Baixa Chiado, com um preço médio de 4.509 euros por m2).
Desde 1999, ano da rua reabertura, os Armazéns do Chiado têm sido “o grande motor do desenvolvimento dessa área da cidade”, vincou Francisco Cavaleiro de Ferreira. Foi nesse momento que o dinamismo foi devolvido à Baixa Chiado e é atualmente o “ponto de encontro da cidade”.
Detido pela Commerz Real Investments, um fundo de investimento imobiliário do Commerzbank, Francisco Cavaleiro Ferreira salientou é o edifício é “seguramente um dos ativos com maior interesse para qualquer consumidor”, numa altura em que o setor dos centros comerciais está a crescer. O gestor dos Armazéns do Chiado citou os dados da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) que demonstram que, no ano passado, os centros comerciais em Portugal geraram uma faturação de cerca de dez mil milhões de euros, o que representou uma subida de 4,7% face aos números de 2017.
Questionado sobre os objetivos dos Armazéns do Chiado para 2020, Francisco Cavaleiro Ferreira não quis desvendar o segredo, mas adiantou “que teremos um crescimento de tráfego e de vendas superior à média do setor”, calculada pela APCC.
A estratégia da Multi Portugal passa “por trazer os Armazéns do Chiado para o exterior potenciando a ligação com a rua e toda a Baixa Chiado atraindo cada vez mais o turismo de que o país tem vindo a beneficiar”, revelou Francisco Cavaleiro de Ferreira.
No interior, Francisco Cavaleiro de Ferreira e a sua equipa estão “sempre atentos a novas tendências e novos formatos”. “Neste momento, temos em curso a renovação das fachadas interiores das lojas”, disse o gestor dos Armazéns do Chiado.
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