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Superliga Europeia: estarão os milhões da ‘Champions’ para os clubes portugueses a prazo?

A Super Liga Europeia poderá arrancar já em 2021 com a presença de dezasseis clubes. Não há nenhum clube português entre os possíveis participantes.
Valentyn Ogirenko/Reuters
3 Novembro 2018, 16h04

A criação de uma Superliga Europeia não esmoreceu e poderá ditar o fim da Liga dos Campeões em Portugal. Esta nova competição, não organizada pela UEFA, poderá ser fundada por onze clubes, aos quais se deverão juntar mais cinco clubes, na qualidade de convidados e que poderá arrancar daqui a três anos, em 2021. Pelo que se sabe, de momento, nenhum clube português terá sido ‘convocado’ para participar na competição.

Segundo o jornal britânico “The Guardian” – em Portugal, a situação foi noticiada pelo “Expresso” – a notícia surgiu depois da revista alemã “Der Spiegel”, no âmbito do Football Leaks, ter obtido, na passada sexta-feira, um documento confidencial com a data de 22 de outubro. Esse documento, que será o esboço da competição, terá sido enviado por email ao presidente do Real Madrid, Florentino Perez, por uma consultora, a Key Capital Partners.

Embora não se saiba com precisão quando é que os clubes fundadores terão de assinar o acordo, sabe-se que será algures neste mês de novembro.

Entre os onze clubes fundadores, que durante os primeiros vinte anos não poderão ser relegados, encontram-se os maiores colossos do futebol europeu como os espanhóis do Real Madrid e Barcelona, os dois rivais de Manchester, o Liverpool, o Arsenal e o Chelsea, a Juventus e o AC Milan, o Paris Saint-Germain e o crónico campeão alemão, o Bayern de Munique. Os cinco clubes convidados serão o Olympique de Marselha, o Borussia Dortmund, a AS Roma, o Inter de Milão e o Atlético de Madrid.

Ainda de acordo com a publicação inglesa, os onze clubes fundadores irão criar um organismo parecido com a UEFA, sediado em Espanha, para “organizar e executar” a Super Liga Europeia. Nos termos daquele documento confidencial, a competição poderá ter uma fase de grupos e uma fase a eliminar, tal como acontece na Liga dos Campeões. “Existe a sugestão de que se pode criar uma segunda liga ‘abaixo’ da Superliga Europeia”, lê-se no diário britânico.

O “The Guardian” diz ainda que o Real Madrid iria deter 18,77% da sociedade gestora da Super Liga Europeia, o Barcelona 17,61% e o Manchester United 12,58%. O “Expresso” indica que o Bayern de Munique ficará com 8,9%.

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