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Supervisão: O que faz um (bom) governador do banco central?

A poucos dias de Carlos Costa ceder o lugar no Banco de Portugal ao ex-ministro Mário Centeno, o JE consultou quatro economistas sobre o que é necessário para ser escolhido e ter sucesso. Reputação, formação e experiência de bancos centrais, de preferência internacional, são essenciais. Mas também há que ter boa capacidade de comunicação e ‘jogo’ político. Em tempo de Covid-19, a estabilidade do sistema financeiro e a manutenção da independência serão os maiores desafios.
27 Junho 2020, 11h00

“Um dos cargos mais emocionantes no mundo das finanças”, exclamava Her Majesty’s Treasury (Ministério da Finanças britânico), num tweet a 24 de abril do ano passado, quando abriu, apenas pela segunda vez na história, a recolha de candidaturas para o cargo de governador do Banco de Inglaterra. Phillip Hammond, na altura chancellor of the Exchequer (equivalente a ministro das Finanças), explicava que o governo estava à procura de um candidato do “mais elevado calibre”, alguém reconhecido nas mais altas esferas do circuito dos bancos centrais, para substituir o canadiano Mark Carney. Candidataram-se mais de 600 pessoas ao cargo, que acabou por ser ocupado por Andrew Bailey, vindo da Financial Conduct Authority.

Em Portugal não há concursos para nomear o governador do Banco de Portugal, e estrangeiros não são elegíveis. Cabe ao Governo fazer a nomeação, sob proposta do ministro das Finanças e após audição por parte da comissão competente da Assembleia da República, pelo menos por enquanto. A nomeação de Mário Centeno, que era até há dias ministro das Finanças, para substituir Carlos Costa à frente do banco central tem sido um dos segredos mais mal escondidos nos últimos meses e poderá mesmo levar o Parlamento a mudar as regras para a próxima ocasião.

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