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Tancos. PGR equacionou chamar Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa como testemunhas

Presidente da República e primeiro-ministro estiveram para ser chamados pelo Ministério Público como testemunhas no processo de Tancos. No entanto, o diretor do Departamento Central de Investigação e Acção Penal concluiu que essas inquirições “não revestiam relevância para as finalidades do inquérito”.
1 Outubro 2019, 19h36

A Procuradoria-Geral da República esclareceu esta terça-feira que, na sequência do processo de Tancos, mais concretamente na fase final do inquérito, foi equacionada “a pertinência da inquirição como testemunhas do Presidente da República e do Primeiro-Ministro”.

Neste contexto, este comunicado esclarece que o diretor do Departamento Central de Investigação e Acção Penal “concluiu, perante os elementos constantes dos autos, que tais inquirições não revestiam relevância para as finalidades do inquérito nem tão pouco se perfilavam como imprescindíveis para o apuramento dos crimes objeto de investigação, dos seus agentes e da sua responsabilidade”.

A antiga Procuradora Geral da República é uma das 112 testemunhas arroladas pelo Ministério Público no caso de Tancos. Joana Marques Vidal nunca poupou críticas à atitude da Polícia Judiciária Militar (PJM) no inquérito ao furto de Tancos, nomeadamente em relação ao “achamento” do material militar. De acordo com a acusação, a que o Jornal Económico teve acesso, entre as testemunhas que o MP quer ouvir está ainda o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro que trocou sms com o antigo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, aquando da recuperação do material furtado.

Em março deste ano, na comissão de inquérito ao furto de Tancos, Joana Marques Vidal afirmou no Parlamento que a PJM “fez diligências” e prosseguiu uma “investigação criminal quando não tinha competência para isso”, pois “estava entregue à PJ”.

 

 

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