A companhia aérea TAP reportou um lucro de 126 milhões de euros no terceiro trimestre, subindo 6,9% face aos meses de verão do ano passado. Para os primeiros nove meses o lucro da empresa atingiu os 55,2 milhões de euros, o que traduz uma quebra homóloga de 53,3%.
“Até setembro, a TAP transportou um total de 12,7 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 2,9% face ao mesmo período de 2024. O número de voos operados registou um ligeiro crescimento homólogo de 0,7%, praticamente em linha com o período anterior”, refere a companhia aérea.
Já a capacidade aumentou 3% até setembro, face ao ano anterior, enquanto os as Receitas por passageiro por quilómetro (RPK) subiram 4,6%, o que representa uma melhoria de 1,3 pontos percentuais (p.p.) no Load Factor, que se fixou em 84,2% até setembro.
“Até setembro, as receitas operacionais totalizaram 3 281,3 milhões de euros, mais 15,4 milhões de euros (+0,5%), face ao período homólogo. A Receita de Passageiro por Lugar-Quilómetro Disponível (PRASK) fixou-se em 7,07 euros, uma redução de 3,0% (0,22 cêntimos) face ao período homólogo”, refere a companhia aérea.
A companhia aérea adiantou também que os seus custos operacionais recorrentes subiram 4,3%, para os 3 054,0 milhões de euros até setembro. “O custo por quilómetro de assento assentível (CASK) dos custos operacionais recorrentes aumentou 1,3%, para 7,33 euros, comparando com o período homólogo”, salientou a companhia aérea.
Já o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA) recorrente chegou aos 592,0 milhões de euros até setembro, com a margem a ficar nos 18,0%, menos 73,5 milhões de euros (-11,0%) face ao período homólogo. Quanto ao Lucro Antes de Juros e Impostos (EBIT) recorrente fixou-se em 227,2 milhões de euros, com uma margem de 6,9%, o que representa uma diminuição de 110,5 milhões de euros (-32,7%) no período homólogo.
“Em 2025, a TAP teve um dos verões mais movimentados, com aumento da capacidade (+4%), mais passageiros transportados (+4%) e mais voos operados (+1%) face ao verão de 2024. Ainda assim, foi também um dos mais desafiantes, com várias disrupções operacionais, nomeadamente constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais e no espaço aéreo europeu, impactando a performance operacional e a satisfação dos clientes”, salienta a companhia aérea.
A empresa reportou também que a 30 de setembro de 2025 tinha uma “posição de liquidez robusta” no valor de 1 025,6 milhões de euros, uma subida de 373,9 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2024. “O rácio dívida financeira líquida / EBITDA estabilizou em 2,5x (2,4x nas contas pró-forma de 2024 e 2,6x nas contas estatutárias de 2024)”, salienta a companhia aérea.
“A TAP apresentou uma performance sólida no terceiro trimestre, com um aumento de receitas, impulsionadas por um contributo relevante da Manutenção, resultados operacionais sólidos e um resultado líquido positivo que compensou integralmente as perdas do primeiro semestre, dando assim continuidade ao desempenho do segundo trimestre”, disse o CEO da companhia aérea, Luís Rodrigues.
“Este foi um dos verões mais movimentados dos últimos anos, com maior capacidade, mais passageiros transportados e voos operados. No entanto, foi também um dos mais desafiantes, marcado por pressões concorrenciais persistentes e disrupções operacionais, desde greves, principalmente no handling, e constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais até restrições no espaço aéreo europeu e eventos meteorológicos adversos, que continuam a afetar a nossa operação, exigindo uma forte coordenação e resiliência das nossas equipas para mitigar impactos”, acrescentou o CEO da TAP.
Luís Rodrigues sublinhou que durante o terceiro trimestre o acionista da companhia aérea “aprovou o início do processo de privatização parcial do capital da TAP. Como este processo deverá prolongar-se por vários trimestres, o nosso foco estratégico mantém-se inalterado: transformar a TAP numa empresa sustentadamente rentável e atrativa, consolidando a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira, através do nosso compromisso e trabalho diário, com o apoio dos nossos stakeholders e a dedicação das nossas pessoas”.
Relativamente às perspetivas para o último trimestre do ano, a TAP sublinha que “as reservas mantêm-se robustas, ligeiramente acima do ano anterior, num contexto de aumento da capacidade e de uma clara tendência para janelas de reserva mais curtas”.
A companhia aérea espera que a pressão concorrencial nos principais mercados se mantenha e que “continue a condicionar” a evolução das receitas unitárias. “O foco permanece em maximizar a qualidade das receitas nos principais mercados, através de Load Factor fortes, tirando partido da vantagem geográfica e da rede única da TAP para manter a sua posição de liderança”, considera a TAP.
“Apesar dos atrasos na entrega de aeronaves e em toda a cadeia de abastecimento, a estratégia de modernização da frota continua a avançar, com a entrega prevista de uma aeronave Airbus NEO até ao final do ano, contribuindo para uma operação mais eficiente e sustentável. O foco estratégico mantém-se inalterado: reforçar a rede e consolidar sobre a mesma uma Companhia financeiramente sustentável, com uma operação consistente e eficiente”, reforça a companhia aérea.
Atualizado às 08h08
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