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TAP culpa “falta de investimento” no aeroporto de Lisboa por atrasos nos voos

A TAP aponta que os seus indicadores de pontualidade pioraram a pontualidade da TAP devido à falta de investimento e ao “congestionamento do espaço aéreo”.
20 Fevereiro 2020, 09h38

A TAP culpa a falta de investimento na expansão do aeroporto de Lisboa pelos piores resultados obtidos na pontualidade dos seus voos em 2019 face ao ano anterior.

“A falta de investimento na capacidade do aeroporto de Lisboa e o congestionamento do espaço aéreo tiveram o efeito contrário e impactaram negativamente em aproximadamente nove pontos percentuais a pontualidade da operação da TAP”, diz a companhia aérea em comunicado divulgado esta quinta-feira.

Devido a estes factores, a TAP diz que tem “sido penalizada com um custo por passageiro em termos de indemnizações por irregularidades de mais do dobro do benchmark ibérico”.

A transportadora aérea portuguesa diz ter investido “fortemente na pontualidade” e na “regularidade da operação”, o que levou ao cancelamento de menos 1.400 voos face a 2018. “A título de exemplo, a companhia garante agora a disponibilidade de três aviões de reserva, com um custo de centenas de milhares de euros por ano, para normalizar rapidamente qualquer irregularidade da operação. Foram ainda realizados importantes investimentos em IT, dotando a TAP dos mais avançados sistemas informáticos de suporte”, argumenta.

Ainda recentemente, o presidente executivo da TAP deixou críticas à Vinci – donos da ANA – Aeroportos de Portugal, que gere o Humberto Delgado.

Antonoaldo Neves criticou a empresa francesa pela solução adotada para o aeroporto de Lisboa, por considerar que não vai favorecer nenhum dos voos da TAP. “Não se pode dar as infraestruturas de um país, e em regime de monopólio, sem exigir uma série de investimentos”, disse o gestor em entrevista ao El País no domingo passado.

A companhia aérea portuguesa é responsável por mais de 50% dos movimentos no Humberto Delgado e critica a solução prevista pela Vinci para o aeroporto de Lisboa  por só favorecer “20% dos movimentos, nenhum dos nossos. Oferecemos outra solução que favorecia-nos a 100%, mas a Vinci não quis”, afirmou.

“É incompreensível a sua postura, quero acreditar que é um grupo que não sabia de nada de aviões quando chegaram aqui e que no futuro vai fazer melhor; mas não se pode dar as infraestruturas de um país, e em regime de monopólio, sem exigir uma série de investimentos”, criticou, referindo-se aos moldes da privatização finalizada em dezembro de 2012 pelo Governo de Pedro Passos Coelho por um valor de três mil milhões de euros.

A TAP paga mais de 100 milhões de euros por ano à Vinci para usar o aeroporto de Lisboa, segundo o jornal espanhol, seis milhões extra por cada novo avião.

A ANA arrancou em janeiro com as obras para a criação de duas saídas rápidas de pista no aeroporto de Lisboa. Para este efeito, a pista está encerrada entre as 23h30 e as 05h30 até final de junho.

https://jornaleconomico.pt/noticias/ceo-da-tap-vinci-nao-percebia-nada-de-avioes-quando-chegou-ao-aeroporto-de-lisboa-548418

 

 

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