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TAP: Plano de reestruturação será apresentado a Bruxelas até 10 de dezembro

O plano visa “assegurar a sustentabilidade e rentabilidade da TAP, através de um adequado planeamento de rotas e frota, da adaptação do produto TAP à realidade atual e pós Covid-19, e do aumento da eficácia e da eficiência dos serviços centrais e das unidades do Grupo TAP”, refere a companhia, que registou um prejuízo de 582 milhões de euros no primeiro semestre.
28 Setembro 2020, 19h31

O plano de reestruturação da TAP S.A. está a ser preparado para ser submetido à Comissão Europeia até 10 de dezembro de 2020, informou a companhia aérea esta segunda-feira.

O plano visa “assegurar a sustentabilidade e rentabilidade da TAP, através de um adequado planeamento de rotas e frota, da adaptação do produto TAP à realidade atual e pós Covid-19, e do aumento da eficácia e da eficiência dos serviços centrais e das unidades do Grupo TAP”, refere a companhia.

A informação foi divulgada com os resultados do primeiro semestre, publicados no site da CMVM e na qual a companhia demonstrou um resultado líquido negativo de 582 milhões de euros.

O JE sabe que o plano referente à renegociação da frota, já encetado com a Airbus, está em fase avançada.

“Face à incerteza sobre a evolução da atividade da empresa no longo prazo, por força de fatores que não estão no seu controlo, bem como face à aprovação pela Comissão Europeia de um auxílio de Estado, através de um empréstimo, o qual implica a apresentação de um plano de reestruturação no prazo de seis meses (em caso de não reembolso do empréstimo nesse mesmo período de tempo), não foi ainda aprovado pela empresa um plano de negócios de longo prazo, encontrando-se a sua preparação em curso”, adverte a TAP.

Neste enquadramento, “as demonstrações financeiras não auditadas do primeiro semestre de 2020 não refletem os eventuais impactos da análise de recuperabilidade de ativos não correntes, a qual seria realizada caso existisse um plano de negócios de longo prazo”, acrescenta a TAP.

Em face da aprovação pela Comissão Europeia da concessão de um auxílio de Estado pelo Estado português e da formalização desse auxílio “através da celebração de um contrato de financiamento, designadamente entre a TAP (na qualidade de mutuária) e a República Portuguesa (na qualidade de mutuante), no passado dia 17 de julho de 2020, para concessão, por parte do Estado Português, de um empréstimo remunerado no montante de até 946 milhões de euros (ao qual poderá acrescer um montante adicional de 254 milhões de euros, sem que, contudo, o Estado português se encontre vinculado à sua disponibilização), será́ possível concluir pela preparação das demonstrações financeiras com base no princípio da continuidade dos negócios”, esclarece igualmente.

Mas, atendendo ao “conjunto de fatores e de incertezas que poderão fazer com que os resultados reais difiram materialmente daqueles mencionados como indicações futuras”, a TAP não faz qualquer guidance.

https://jornaleconomico.pt/noticias/com-embargo-ate-sair-na-cmvm-tap-apresenta-prejuizo-de-582-milhoes-de-euros-no-primeiro-semestre-642233

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