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Tarifas de Donald Trump levam a recuo nos mercados

“Nos mercados, a reação não tardou após o anúncio, com o dólar a valorizar e as ações recuarem depois do comunicado. Estas medidas aumentam também as preocupações em torno da sua política de ‘America First'”, sustenta a análise da XTB.
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26 Novembro 2024, 09h37

Um anúncio de Donald Trump já está a fazer vítimas. O presidente-eleito dos EUA revelou que vai impor tarifas de 25% sobre os produtos mexicanos e do Canadá, além de taxas de 10% para produtos chineses, o que está a fazer com que os índices europeus surjam a negociar em baixa, depois dos asiáticos terem caído.

Qual a razão de Trump querer aplicar estas tarifas a três dos seus principais mercados fornecedores? Na verdade, não se trata apenas de uma medida, uma vez que Donald Trump quer mesmo que esta seja uma das primeiras medidas a entrar em vigor quando assumir a Presidência, além de ir marcar quatro anos de Trump 2.0 e colocar alguma pressão sobre aquele que é a maior economia importadora.

Uma análise da XTB indica que estas medidas “poderão ser um problema sobretudo para os setores tecnológico e automóvel”. De facto, o setor automóvel europeu já se está a ressentir, com as ações de grandes fabricantes a cair na Europa. Um estudo da DBRS divulgado na segunda-feira evidenciou que o setor automóvel europeu poderá mesmo ser um dos principais afetados por estas tarifas, a par da indústria farmacêutica.

“Nos mercados, a reação não tardou após o anúncio, com o dólar a valorizar e as ações recuarem depois do comunicado. Estas medidas aumentam também as preocupações em torno da sua política de ‘America First'”, sustenta a mesma análise da XTB.

Mas nem só o dólar se valorizou e os títulos recuaram. A maioria dos mercados asiáticos aportaram quebras na sessão que terminou aquando da abertura das praças europeias. “Os índices acionistas no Japão, na Austrália e na Coreia do Sul também recuaram, com os futuros do S&P 500 a caírem 0,5% antes de recuperarem parcialmente”, indica.

“As ações chinesas também caíram, mas registaram um desempenho superior à maioria dos seus pares regionais, com o Índice CSI 300 a recuar apenas 0,1%. Os mercados chineses podem ter sido sustentados pela entrada de capital de alguns investidores após dois dias consecutivos de perdas, bem como pela expectativa de que Pequim possa aumentar os estímulos fiscais para apoiar o crescimento económico face ao agravamento das tensões geopolíticas”, lê-se.

Enquanto o yuan offshore da China desvalorizou ligeiramente (0,4%), o peso mexicano e o dólar canadiano registaram quedas superiores a 1%.

Já o ouro pouco reagiu, após ter um recuo ligeiro devido aos comentários de Trump. O metal precioso estava a ser negociado próximo dos 2.630 dólares por onça, depois de ter recuado mais de 3,4% na segunda-feira, à medida que as tensões no Médio Oriente diminuíram.

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