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Tarifas e geopolítica vão aumentar risco nos mercados financeiros, diz CEO do UBS

Com a incerteza estampada, o CEO do UBS sustentou que “veremos muita volatilidade nos mercados” em 2025. Este responsável revela-se “surpreso” pelo facto de eventos geopolíticos não terem desencadeado nenhum efeito em cadeia nos mercados.
CEO do UBS
Reuters/Arnd Wiegmann
9 Dezembro 2024, 15h58

O CEO do UBS mostrou-se um pouco receoso com a entrada no próximo ano. Na visão de Sergio Ermotti, o movimento de aumento das tarifas por parte dos Estados Unidos sobre os seus parceiros comerciais e os conflitos geopolíticos são um risco para os mercados financeiros no próximo ano.

“A aceleração dos eventos geopolíticos, juntamente com a escalada nas frentes macroeconómicas (tarifas e protecionismo) é definitivamente algo que precisa de ser observado”, apontou Sergio Ermotti à Bloomberg esta segunda-feira nos bastidores do Abu Dhabi Finance Week.

Com a incerteza estampada, o CEO do UBS sustentou que “veremos muita volatilidade nos mercados” em 2025. Para já, Ermotti admite que não se está a assistir a “muito apetite” por risco, com os clientes do UBS a querer algo mais seguro perante a instabilidade que pode surgir no futuro.

Ainda assim, Sergio Ermotti adiantou que a economia e consumidores “ainda são resilientes”, mesmo com a incerteza em volta das perspetivas económicas e políticas.

“Estou aliviado e surpreso em ver como os eventos geopolíticos não desencadearam nenhum evento em cadeia e consequências nos mercados financeiros. A inflação parece estar sobre controlo por enquanto e a potencial desregulamentação nos EUA pode fomentar a atividade de fusões e aquisições, o que pode ser benéfico para os mercados e economia”, explicou.

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