O CEO do UBS mostrou-se um pouco receoso com a entrada no próximo ano. Na visão de Sergio Ermotti, o movimento de aumento das tarifas por parte dos Estados Unidos sobre os seus parceiros comerciais e os conflitos geopolíticos são um risco para os mercados financeiros no próximo ano.
“A aceleração dos eventos geopolíticos, juntamente com a escalada nas frentes macroeconómicas (tarifas e protecionismo) é definitivamente algo que precisa de ser observado”, apontou Sergio Ermotti à Bloomberg esta segunda-feira nos bastidores do Abu Dhabi Finance Week.
Com a incerteza estampada, o CEO do UBS sustentou que “veremos muita volatilidade nos mercados” em 2025. Para já, Ermotti admite que não se está a assistir a “muito apetite” por risco, com os clientes do UBS a querer algo mais seguro perante a instabilidade que pode surgir no futuro.
Ainda assim, Sergio Ermotti adiantou que a economia e consumidores “ainda são resilientes”, mesmo com a incerteza em volta das perspetivas económicas e políticas.
“Estou aliviado e surpreso em ver como os eventos geopolíticos não desencadearam nenhum evento em cadeia e consequências nos mercados financeiros. A inflação parece estar sobre controlo por enquanto e a potencial desregulamentação nos EUA pode fomentar a atividade de fusões e aquisições, o que pode ser benéfico para os mercados e economia”, explicou.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com