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Tarifas: Trump promete taxas “bastante significativas” sobre semicondutores

“Vamos impor tarifas muito em breve”, “não muito elevadas, mas ainda assim bastante significativas”, declarou Donald Trump na quinta-feira, durante um jantar na Casa Branca com altos executivos das tecnológicas norte-americanas.
epa12273726 US President Donald J. Trump, with HHS Secretary Robert F. Kennedy Jr., delivers remarks during a Making Health Technology Great Again event in the East Room of the White House in Washington, DC, USA, 30 July 2025. The White House and the Centers for Medicare and Medicaid Services have received commitments from 60 healthcare technology companies to collaborate on a new health technology advancement initiative. EPA/SHAWN THEW
5 Setembro 2025, 10h04

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos irão impor “muito em breve” tarifas “bastante significativas” sobre os semicondutores importados, um componente-chave na corrida global à inteligência artificial (IA).

“Vamos impor tarifas muito em breve”, “não muito elevadas, mas ainda assim bastante significativas”, declarou Donald Trump na quinta-feira, durante um jantar na Casa Branca com altos executivos das tecnológicas norte-americanas.

Um mês antes, o líder republicano anunciou a intenção de impor uma tarifa de 100% sobre os ‘chips’ e semicondutores importados, sem dar qualquer indicação sobre uma data a concretizar a decisão.

“Mas a boa notícia para empresas como a Apple é que, se construir [fábricas] nos Estados Unidos ou se se comprometer a fazê-lo, não terá de pagar”, acrescentou Trump.

Várias grandes empresas tecnológicas, tanto fabricantes como dependentes de semicondutores, anunciaram investimentos nos Estados Unidos nos últimos meses, incluindo a Apple, que prometeu 600 mil milhões de dólares (514 mil milhões de euros) em quatro anos, e a Micron Technology, que planeia aumentar o seu investimento para 200 mil milhões de dólares (171,4 mil milhões de euros).

O setor dos semicondutores é alvo de inúmeras rivalidades entre os Estados Unidos e os principais países produtores, como a China e Taiwan.

Na quarta-feira, Washington revogou a autorização concedida à gigante taiwanesa TSMC para exportar equipamentos de fabrico de ‘chips’ norte-americanos para a China sem licença.

A gigante Nvidia não conseguiu vender no segundo trimestre no mercado chinês nenhum dos seus chips H20, apesar de terem sido desenvolvidos especificamente para atender às exigências do Governo norte-americano.

Donald Trump fez do desenvolvimento da indústria transformadora em solo norte-americano uma das principais prioridades da Casa Branca e impôs tarifas generalizadas para conter as importações e promover a produção interna.

Algumas destas sobretaxas foram consideradas ilegais pela justiça dos Estados Unidos, que decidiu que um Presidente não tem autoridade para impor tarifas generalizadas.

A Administração Trump recorreu ao Supremo Tribunal na quarta-feira sobre esta questão.

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