O centro de vacinação do Queimódromo do Porto está suspenso desde 11 de agosto, após ter sido detetado que o frigorífico onde são armazenadas as vacinas ter estado desligado durante algum tempo, o que levou a task force a acusar o laboratório Unilabs de não ter comunicado a tempo um problema com vacinas. De acordo com o “Público”, não se sabe se as 980 pessoas que, no início da semana passada, receberam as doses identificadas como não tendo estado à temperatura regular devido a uma falha na cadeia de frio vão ou não ter que ser vacinadas de novo.
A task force, que é liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo, considera que a falha na cadeia de frio foi comunicada “tardiamente à Administração Regional de Saúde [ARS] do Norte e, através desta, ao grupo de trabalho”. Por isso, decorre uma investigação “sobre a origem da falha na cadeia de frio e o outro relativo aos procedimentos”, por o problema não ter sido detetado, fazendo com que vacinas armazenadas “fora dos parâmetros normais de temperatura estabelecidos” tivessem sido administradas.
O Infarmed e a task force estão a aguardar os esclarecimentos pedidos aos fabricantes dos lotes das das vacinas da Pfizer e da Janssen administradas nos dias 9 e 10 de agosto, no Queimódromo do Porto, para apurar se a eficácia das vacinas não foi afetada e se, nesse caso, as pessoas não terão que voltar a ser inoculadas. Em causa está saber se a eficácia das vacinas administradas foi afetada.
De acordo com o “Público”, a Unilabs defende que a falha foi “detetada na terça-feira ao início da tarde” e que de imediato foi comunicada à ARS Norte e à task force. O laboratório responsável pelo armazenamento das referidas vacinas refere que o problema não foi detetado mais cedo porque uma falha de comunicação no sistema de verificação de temperaturas não permitiu detetar o erro que tinha ocorrido no sistema de frio, sublinhando que foi o Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Ocidental que “colocou as vacinas de quarentena, como estipulam os procedimentos”. Não obstante, durante mais um dia e meio, continuou-se a vacinar mais pessoas no Queimódromo do Porto até ser ordenada a suspensão. A Unilabs assegura que o centro de vacinação “está pronto” para reabrir.
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