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Taxa de desemprego poderá ficar abaixo dos 7,3% previstos, admite ministro das Finanças

Em debate no Parlamento, o ministro do Estado e das Finanças, João Leão, referiu que os valores atuais da taxa de desemprego estão “em valores muito abaixo dos que eram expectáveis” e que, ao contrário do que seria de esperar, a taxa de emprego aumentou.
29 Abril 2021, 17h41

O Governo admitiu esta quinta-feira a taxa de desemprego deste ano pode vir a ficar abaixo dos 7,3% previstos no Programa de Estabilidade. O ministro do Estado e das Finanças, João Leão, considera que os valores atuais da taxa de desemprego estão “em valores muito abaixo dos que eram expectáveis” e que, ao contrário do que seria de esperar, a taxa de emprego aumentou.

“A taxa de desemprego anunciada hoje pelo INE [Instituto Nacional de Estatística] está em valores muito abaixo dos que eram expectáveis. Senhora deputada, olhe para a taxa de desemprego: 6,5% [em março], provavelmente até vai ficar, no cômputo do ano, abaixo do que temos no nosso Programa de Estabilidade”, disse João Leão, em resposta à deputada do CDS-PP, Cecília Meireles, sobre o Programa de Estabilidade.

O Programa de Estabilidade 2021/2025, aprovado pelo Governo em 15 de abril, prevê que a taxa de desemprego deste ano suba dos 6,8% em 2020 para os 7,3% no final deste ano. João Leão tinha justificado essa subida com o regresso ao mercado de trabalho da população ativa devido à recuperação económica. Para os anos seguintes, o Programa de Estabilidade prevê uma “ligeira melhoria do emprego” e a “redução da taxa de desemprego”.

Durante o debate no Parlamento, João Leão sublinhou, no entanto, os dados divulgados pelo INE mostram que “o desemprego recuou em março para uma taxa de desemprego de 6,5%, e que o emprego aumentou”, o que é um indicador positivo e revela que a taxa de desemprego pode ficar abaixo do previsto.

Programa de Estabilidade prevê ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4% este ano, abaixo dos 5,4% anteriormente previstos, e 4,9% em 2022. A dívida pública deverá ficar nos 128% do PIB, baixando depois para 114% em 2025, e o défice ficará nos 4,5% este ano, a partir de 2022 atingirá o valor de 3,2%, e a partir de 2023 voltará a ficar abaixo dos 3%.

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