A taxa de desemprego agravou 0,8 pontos percentuais para 8,1% em julho, segundo os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos à estimativa mensal de emprego e desemprego, divulgados esta segunda-feira, 31 de agosto. O gabinete de estatística nacional estima que há 409,7 mil pessoas desempregadas, enquanto a população empregada ascende a mais de 4,6 milhões de pessoas.
Os dados provisórios de julho evidenciam uma contínua escalada no nível da taxa de desemprego em contexto de pandemia, com mais 39,4 mil desempregados. No final de junho, a taxa de desemprego situava-se já nos 7,3%, mais 1,4 pontos percentuais que o observado em maio e mais 0,7 pontos percentuais que em junho de 2019. Entre fevereiro e junho, os meses mais complexos da pandemia da Covid-19, a população desempregada aumentou para 11,7%, o que corresponde a 38,7 mil pessoas.
No final do sétimo mês do ano, o INE evidencia também um crescimento de 1,1 pontos percentuais no desemprego dos jovens fixando essa taxa nos 26,3%. Já no mês de junho, o desemprego jovem tinha crescido 1,8 pontos percentuais.
Acresce, ainda, a estimativa de existir mais de 2,7 milhões de pessoas inativas em julho, o que leva o INE a calcular uma taxa de inatividade (população fora da idade ativa e trabalhadores parados devido à pandemia da Covid-19) de 34,7%, mais 0,5 pontos percentuais do que o observado em junho.
Apesar do aumento da taxa de desemprego, o INE estima que a população empregada terá crescido 0,1% julho, quando comparados os dados de junho, calculando mais de 4,6 pessoas empregadas. Contudo, em comparação com julho de 2019, a população empregada diminuiu 3,5%. No final de junho deste ano, os dados finais do INE apontavam para que a população empregada tivesse crescido 0,3%.
“Em julho de 2020, a estimativa provisória da população ativa situou-se em 5.081 pessoas, tendo aumentado 0,8% (42,1 mil) em relação ao mês anterior, 0,2% (10,7 mil) relativamente a três meses antes e diminuído 1,9% (97,8 mil) por comparação com um ano antes”, sublinha o INE.
Já relativamente à taxa de subutilização do trabalho, o gabinete de estatística nacional indica que a taxa subutilização do trabalho situou-se em 15,7%, mais 0,2 pontos percentuais do que em junho. Há assim 13 mil pessoas em situação de subutilização do trabalho. No final de junho, a taxa de subutilização do trabalho subiu 0,9 pontos percentuais, para 15,5%.
“Para o aumento mensal da taxa de subutilização do trabalho neste mês [de julho] contribuiu exclusivamente o aumento do número de desempregados e do subemprego de trabalhadores a tempo parcial, já que diminuiu o número dos inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e o de inativos disponíveis mas que não procuram emprego”, realça o INE.
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