A inovação tecnológica determina a decisão dos investimentos de modernização nas infraestruturas de Distribuição e/ou na Logística Integrada?
António Tomé Ribeiro, Head of Digital and Omnichannel do El Corte Inglés Portugal
A inovação tecnológica é hoje um dos grandes motores de crescimento das empresas. Os caminhos de modernização dos processos logísticos e administrativos têm na inovação tecnológica um pilar fundamental. No nosso dia-a-dia temos de ser capazes de criar valor que tenha impacto no cliente final e isso tem de ser feito por todos e em todas as etapas. Atualmente qualquer cliente espera de uma marca como o El Corte Inglés uma resposta que integra todos os canais, serviços e experiências. Além da fase final, onde o cliente contacta directamente connosco, existem inúmeros processos logísticos que a antecedem e que são fundamentais para que tudo seja cumprido. A integração da cadeia logística começa nestes primeiros passos onde os parceiros e fornecedores são fundamentais para garantir total qualidade e garantia de todos os produtos. Esta relação de confiança é também ela garantida por um processo integrado e auditado em todas as suas fases.A integração de todo o processo e a sua visão integral só é possível se assente numa base tecnológica fiável e extremamente eficiente. É essencial que o investimento acompanhe este processo para que a resposta ao cliente seja cada vez melhor e demonstre a atenção constante que temos com os nossos clientes.Em suma, se não tivermos presente a necessidade de investimento em inovação tecnológica, não conseguimos manter-nos neste mercado em que a eficiência e experiência do cliente determinam a nossa capacidade de continuar a servir os clientes.
(O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)
Mónica Lourenço, Logistics Manager da Vitacress Portugal
Nesta área a inovação tecnológica é encarada como uma vantagem competitiva, pelo que é um fator decisivo para a tomada de decisão e realização de investimentos.No nosso caso específico e ao nível interno, investimos em software IFS Application, que nos assegura a rastreabilidade do nosso produto, desde a colheita à entrega, e transversal à própria embalagem, garantindo uma completa e integrada gestão de stock.
João Pedro Rodrigues, Administrador do Grupo Bel S.A.
A inovação tecnológica é, indubitavelmente, um fator diferenciador em qualquer sector de mercado. A distribuição e logística não são exceção. Num sector com assinaláveis custos operacionais, as ferramentas tecnológicas constituem um recurso de gestão que não pode ser posto de lado, permitindo racionalizar os meios das empresas e potenciar os resultados, ao mesmo tempo que facilitam o dia-a-dia dos colaboradores, a segurança e a fiabilidade das operações.Tratam-se, claramente, de recursos win-win. Ainda que possam representar um investimento inicial, os ganhos daí resultantes representam uma clara mais-valia na funcionalidade das empresas.Apesar de existir já uma panóplia de empresas dedicadas ao desenvolvimento de software ou de soluções integradas para aplicações de M2M e IoT (fonte: Informa, Beecham and Harbor research), as quais poderão vir a capturar entre 40-60% do total das receitas do mercado, a verdade é que é que estas empresas focam-se no desenvolvimento de um produto generalista, esquecendo os nichos de mercado com necessidades específicas que, representam ainda uma fatia de negócio considerável e com muito menos competitividade. Nestas circunstâncias, há empresas que acabam por não investir na sua modernização, devido à falta de oferta de soluções taylormade e com um elevado grau de customização. Por isso, vemos a tecnologia como um factor verdadeiramente crítico e diferenciador das empresas. A inovação tecnológica e o desenvolvimento de projetos a pensar, não apenas no presente, mas também no futuro do mercado de distribuição são factores críticos e diferenciadores do pensamento do Grupo BEL.A automação, a robótica e o desenvolvimento de aplicações tendem a transformar radicalmente o processo de distribuição e logística. Numa visão holística, todo o processo acaba por ser afetado e por criar a necessidade de intensificar e acelerar a modernização.Um dos projetos mais aliciantes que estamos a desenvolver, para além da estrutura operacional interna, trata-se da inclusão de casos de furto de cargas valiosas numa plataforma de interoperabilidade com entidades externas que conduza a uma intervenção policial mais rápida. Este investimento, traduz-se na segurança dos nossos colaboradores e clientes, e na recuperação dos nossos bens móveis e imóveis.Concluo, pela nossa experiência neste segmento de mercado, que uma empresa que consiga otimizar o tempo de reposição, ter controlo sobre a sua frota e estado das vendas em tempo real, consegue facilmente melhorar a eficiência do seu controlo logístico e dispor de uma estrutura mais segura e controlada. No entanto, a decisão de investir, dependerá sempre dos custos de integraçãoe impacto naquilo que são os processos enraizados pela empresa. A opção pela inovação, nos tempos que correm, é uma inevitabilidade. Perder o “comboio” tecnológico implica ficar num apeadeiro a ver passar o futuro à nossa frente. E essa não é, de todo, uma opção.
(O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)
Isabel Couceiro da Costa, Gestora de Comunicação institucional da Lactogal
A Lactogal tem vindo, ao longo do tempo, a realizar investimentos em inovação tecnológica nunca abdicando do princípio “inovação tecnológica igual a eficiência de processos”.As equipas mantêm um dinamismo permanente na busca das melhores soluções logísticas, sendo exemplos disso as infraestruturas que a empresa detém distribuídas pelo país que permitem dar resposta às necessidades dos seus clientes com curtos lead-times; os processos de armazenagem automatizados; os sistemas de informação em que assentam todos os nossos processos, tais como o demand planning, a armazenagem e a rede de distribuição; a adoção de metodologias de trabalho diferenciadas, desde processos eficientes de picking em que é procurada a melhor relação com os armazéns automáticos, nomeadamente PBL Picking by line ou PBS – Picking by stock e, ainda, a implementação de um otimizador de rotas que nos permite gerir todo o nosso fluxo diário de viaturas, numa combinação ótima Lactogal/cliente.A empresa está na linha da frente na proteção do ambiente nas atividades praticadas no seu dia a dia. Especificamente no âmbito das infraestruturas de distribuiçãoe logística integrada, a Lactogal acompanha permanentemente as inovações tecnológicas, tal como, por exemplo, na área dos transportes através da redução de viaturas na estrada, processo realizado em colaboração com todos os seus parceiros, desde clientes a fornecedores. Exemplo disso, o teste que está a decorrer com um gigaline e que contribuí de forma ativa para a pegada ecológica.
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