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Tecnológicas vão gerar receitas acima da média em 2025, destaca Santander Asset Management

A extensão do ciclo económico a nível global e a moderação da inflação nos EUA e na Europa traçam um cenário favorável para a diversificação de ativos globais, perspectivam responsáveis da Santander Asset Management para o próximo ano.
26 Dezembro 2024, 18h21

A Santander Asset Management (SAM), gestora do Banco Santander, prevê que no próximo ano as economias continuem num ciclo de crescimento positivo, apontando que os mercados financeiros “irão mover-se num contexto “normalizado”, o que permitirá encontrar oportunidades de investimento atrativas”.

Samantha Ricciardi, CEO da Santander Asset Management, revelou que “a extensão do ciclo económico a nível global e a moderação da inflação nos EUA e na Europa traçam um cenário favorável para a diversificação de ativos globais, entre os quais favorecemos os ativos de risco e, em particular, as ações dos EUA e as obrigações emitidas pelas empresas”.

Esta responsável aponta para que as taxas de inflação desçam no próximo ano, situando-se nos intervalos estabelecidos pelos bancos centrais e que as taxas de juro se direcionem para uma zona mais neutra.

S&P500 vai registar subida histórica

No mercado norte-americano, a gestora espera que o S&P500 registe uma subida de 12%, uma vez que o setor das tecnologias vai continuar a gerar grandes receitas e margens. Ao mesmo tempo, vai ser ampliado o espectro de setores e empresas que vão contribuir para a geração de resultados empresariais positivos.

A gestora do Banco Santander acrescenta que as políticas previstas de impostos mais baixos e desregulação da nova administração de Donald Trump poderão ser um catalisador positivo para os mercados de ações, embora as incertezas decorrentes do protecionismo comercial possam moderar o otimismo no ciclo económico e arrefecer o sentimento de mercado atual.

“A inteligência artificial começa a materializar o seu impacto na inovação, produtividade, em novas formas de se relacionar com os clientes. As nossas estimativas de variáveis económicas, análise dos ativos, processos e decisões de investimento assim incluem, sem deixar de lado outras tendências que modelam o futuro, como o envelhecimento da população, a longevidade e a necessária transição nas fontes energéticas”, afirma Samantha Ricciardi.

Já para a Europa, é esperado um crescimento próximo dos dois dígitos, e considera que as oportunidades de investimento que se considera para o próximo ano são as obrigações de empresas, de acordo com a entidade. “Esperamos que a procura de obrigações de crédito continue elevada e que os spreads de crédito se situem em mínimos dos últimos anos. A nossa visão favorável quanto ao crédito baseia-se na atratividade das yields atuais, que esperamos que se mantenham à volta destes níveis, aportando rentabilidade recorrente às carteiras”, explica o relatório de perspetivas de mercado de 2025.

Já na China, o diretor de investimentos da gestora, José Mazoy, refere que apesar das medidas para o estímulo da economia, 2025 vai ser novamente um ano de certa desaceleração, no entanto não prevê um “Hard Landing”.

“A grande notícia dos últimos meses é o corte das taxas de juro por parte dos Governos. Os cortes nas taxas de juro não só vão afetar positivamente os investimentos na maioria dos casos, mas também poderão proporcionar um impulso para a angariação de fundos para os próximos meses nos mercados privados”, aponta o responsável.

Neste sentido, o diretor de Investimentos da Santander Asset Management indica que “a democratização dos mercados privados, impulsionada pela inovação financeira, um enquadramento regulatório mais acessível, maior transparência e educação financeira, está a ampliar o seu alcance para além do âmbito institucional, abrangendo uma base mais diversa de investidores”.

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