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Telefónica e Vodafone querem vender parte da rede de fibra

Tendo em conta uma avaliação de cerca de 2.000 milhões de euros, a percentagem à venda no mercado vale 800 milhões de euros, segundo o El Economista. O tema ganhar relevância numa altura em que a Altice pondera vender a participação na rede de fibra óptica em Portugal.
The logo of Spanish Telecom company Telefonica is displayed atop the company’s headquarters in Madrid, Spain, December 20, 2023. REUTERS/Susana Vera/File Photo
26 Setembro 2024, 13h34

Em Espanha a Telefónica e a Vodafone acordaram há mais de sete anos partilhar a rede de fibra óptica da Movistar. Até agora mantiveram a joint-venture intacta, mas numa renegociação decidiram trazer um novo parceiro minoritário a quem venderão 40% da subsidiária de fibra (a FiberCo), avaliada em cerca de 800 milhões de euros.

O Barclays e o BBVA serão os assessores financeiros de um processo que poderá ser desencadeado no final do ano, segundo o “El Economista”.

Inicialmente, o objetivo é que a Telefónica mantenha a participação maioritária e que 40% do capital da FiberCo seja colocado à venda.

O tema ganha relevância porque em Portugal, a Altice, depois de ter suspendido a venda da totalidade da dona da MEO, poderá estar a estudar vender a participação que ainda detém na Fastfiber, uma das maiores redes de fibra ótica em Portugal.

Em 2019, a Morgan Stanley Infrastructure Partners comprou 49,99% da FastFiber à Altice Portugal e possui direito de preferência sobre o restante da participação caso a Altice decida vender a rede de fibra separadamente.

O acordo entre a Telefónica e a Vodafone terminará no final de 2024, pelo que preveem que a operação venha oficialmente a público nas próximas semanas, antes do final do ano.

Com a venda de uma participação minoritária pela Telefónica procura replicar um modelo semelhante ao implementado em países da Europa e América Latina.

A avaliação total da subsidiária de fibra é de aproximadamente 2 mil milhões de euros. Isto significa que 40% da empresa conjunta entrará no mercado com uma avaliação de cerca de 800 milhões de euros. Como o objetivo é que a empresa presidida por José María Álvarez-Pallete retenha uma percentagem maioritária e que 40% sejam vendidos, a Vodafone manterá apenas 10%, algo que a Mergermarket noticiou e que a “El Economista” confirmou.

A FibreCo é detida pela Telefónica España (30%), pela Telefónica Infra (25%) e pelo consórcio formado pelo Crédit Agricole Assurances e pela Vauban Infrastructure Partners (através do seu Core Infrastructure Fund IV, com 45% do capital).

A Vodafone Espanha, embora ainda use a marca do grupo britânico, pertence à Zegona Communications, que comprou a operação no fim do ano passado por 5 mil milhões de euros em 31 de maio.

Embora a Vodafone mantenha apenas 10% nesta joint-venture, a Mergermarket anunciou que a operadora de telecomunicações poderá caminhar para uma nova aliança; neste caso com MásOrange. Segundo a agência noticiosa, os bancos de investimento Lazard e Perella estão a aconselhar a fusão entre a Orange e a MásMóvil para criar uma joint-venture de redes de fibra com a Vodafone Espanha.

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