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Tesla sobe mais de 5% após atingir mínimos de 2020

O período conturbado dos títulos da construtora de veículos elétricos, que ontem teve uma queda expressiva, inverteu-se na abertura de Wall Street esta quarta-feira. Ainda assim, a incerteza é grande, nomeadamente pela redução da procura e da oferta na China.
28 Dezembro 2022, 15h19

As ações da Tesla estavam a subir 5,02% para mais de 111 dólares às 14h54 desta quarta-feira, depois de ter sofrido uma queda superior a 11% no dia anterior, que deixou os títulos em mínimos de mais de dois anos, naquele que foi o pior dia da empresa em oito meses. A construtora de carros elétricos, detida por Elon Musk, atravessa um período financeiro muito conturbado, de acordo com o diário britânico “The Guardian”.

Desde novembro de 2021, as ações da Tesla tinham caído 73% até terça-feira. Os receios estão, em grande parte, relacionados com o peso do decréscimo da procura e da produção no mercado chinês, fazendo acentuar a tendência de decréscimo do valor de mercado da Tesla, de tal forma que a empresa já perdeu quase metade do seu valor neste mês de dezembro.

A situação da rede social Twitter, recentemente adquirida por Elon Musk, também preocupa alguns investidores, que temem que o trabalho em prol da rede social esteja a consumir demasiado do tempo do empresário norte-americano, que também é dono da Space X.

Os analistas da corretora XTB destacaram que a Tesla vai suspender a produção do Modelo 3 e do Model Y, na sua fábrica situada em Shanghai, entre os dias 20 e 31 de janeiro, ainda que as restrições que vigoraram durante largos meses, relacionadas com a pandemia, tenham sido parcialmente levantadas durante este mês. “As razões da decisão de Tesla e se a restrição se estenderá também às linhas de produção de outros modelos de automóveis não são claras”, apontam, em research na qual citam a notícia da agência Reuters.

“A sessão de ontem em Wall Street ficou marcada pela evolução negativa do sector tecnológico, pressionado pela alta das yields, mas também por situações específicas de empresas. A queda repentina e muito acentuada da Tesla começa a fazer soar os alarmes, com a fabricante de automóveis elétricos a perder perto de metade do valor este mês e mais de dois terços
desde o início do ano. A redução da procura na China e os problemas de produção no país estão a motivar este sell off na Tesla”, lê-se, por sua vez, na nota de mercado da BA&N Research Unit.

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