Com um tecido empresarial fragmentado, a economia portuguesa navega no mar de micro, pequenas e algumas médias empresas com assinalável potencial de crescimento, quer no mercado interno, quer nos mercados externos. Esse potencial de crescimento e ambição esbarra, na maioria dos casos, na falta de capital.

A capitalização, ou falta dela, é um problema com que muitos gestores destas empresas se debatem. Essa ausência de capital impede que as PME aproveitem as oportunidades de crescimento e de criação de valor.

É claro que, havendo bons negócios, haverá sempre quem dê o apoio necessário para quem estas empresas sigam em frente. A questão está, muitas vezes, no timing desse apoio. Obter capital alheio leva, geralmente, tempo que pode fazer a diferença entre agarrar as oportunidades ou deixá-las passar.

Pior do que ter o capital para agarrar ou não uma oportunidade, só mesmo ter a liquidez para manter o negócio à tona. São inúmeros os casos de empresas que, de forma recorrente ou intermitente, se debatem com dificuldades de tesouraria. Uma empresa, um empresário, sabe que para ter um negócio tem de pagar aos seus fornecedores, tem de remunerar os seus colaboradores e, claro, de liquidar as obrigações fiscais.

Estamos em pleno verão, altura de férias de muitos trabalhadores. Um período de lazer para os trabalhadores mas que pode ser de dor de cabeça para os gestores que enfrentam um esforço extra para pagar os subsídios respetivos. E é também altura de cumprir com pagamentos mensais ou trimestrais de IVA, com os pagamentos por conta do IRC ou da derrama estadual.

É um esforço financeiro por vezes impossível de suportar sem recorrer a facilidades de crédito que nem sempre fazem jus ao nome. É nestas alturas que muitos gestores se deparam com a realidade de um sistema bancário que, por razões várias, tende a ser pouco flexível.

É essencial para as empresas poderem contar com parceiros com a capacidade financeira para as ajudar a crescer, mas igualmente importante é ter parceiros que possam ser a solução em momentos de maior exigência financeira. E esses, para serem considerados como tal, têm de estar disponíveis a todo o momento, têm de responder rapidamente aos pedidos e, principalmente, têm de ter a liquidez que as empresas precisam na hora.

O crédito alternativo, ou alternative lending, como é internacionalmente conhecido, é uma ferramenta que já está disponível em Portugal, através de fundos de crédito, devidamente regulados e acompanhados pelos supervisores. Oferecem uma grande vantagem face à banca tradicional, nomeadamente a flexibilidade e a rapidez que os negócios necessitam para serem bem-sucedidos.