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Tilray recebe aprovação do Infarmed para primeira substância à base da planta da canábis para fins medicinais

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) aprovou a primeira substância à base da planta da canábis para fins medicinais em Portugal, anunciou a empresa Tilray, responsável pela produção.
1 Fevereiro 2021, 11h44

A farmacêutica canadiana recebeu a autorização por parte do regulador para disponibilizar aos doentes portugueses a primeira substância à base da planta da canábis para fins medicinais, em conformidade com a legislação portuguesa.

De acordo com o comunicado divulgado, esta segunda-feira, esta é a primeira vez que é exigido e entregue um dossier completo de qualidade para obter a autorização de comercialização de uma substância à base da planta da canábis. “A conclusão deste processo confirma os padrões de qualidade e segurança da produção da Tilray”, garante a Tilray.

Na nota, Rita Barata, diretora-geral da Tilray Portugal, confirma que “estamos a planear num futuro próximo tornar outros produtos acessíveis aos doentes, em Portugal. As exigências dos doentes estão a aumentar e a nossa missão é disponibilizar os produtos mais seguros e de melhor qualidade que satisfaçam ao máximo as suas necessidades”.

A empresa com operações a nível mundial no campo da investigação, cultivo, produção e distribuição de canábis medicinal, tem os seus produtos disponíveis em 16 países do mundo. A unidade de produção em Cantanhede possui todas as certificações necessárias para cultivar e produzir localmente preparações e substâncias à base de canábis para fins medicinais e exportar produtos acabados com certificação de Boas Práticas de Produção para toda a União Europeia e outros mercados internacionais que tenham a utilização da planta regulamentada.

Em Portugal, a utilização de preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, nos casos em que se determine que os tratamento convencionais não produzem os efeitos esperados, entre as quais, dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso); espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula; náuseas e vómitos (resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C) e estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA.

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