A lista liderada por António Tomás Correia ganhou as eleições para os órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral. É o seu último mandato, segundo o próprio, e a guerra foi longa e dura para chegar até aqui. Segundo um associado dos mais antigos ouvido pelo OJE, mas que pediu anonimato, “agora até o Montepio é arma de arremesso em tentativas de tomada de poder. E na comunicação social, sem respeito por esta casa com quase dois séculos”. E é verdade que as insinuações e as tentativas de condicionar as eleições, as contratações de call centres para telefonar a tentar recolher votos usando bases de dados, as reuniões secretas, o uso de nomes sonantes, foram fator sempre presente.
Tomás Correia é acusado de ser o “dono do Montepio”. Diz um adversário de Tomás Correia que a “sensação de que manda na Associação é passada a toda a estrutura”.
A Assembleia Geral tomou todas as precauções para que tudo corresse com legitimidade e dignidade. Inclusive contratou um jurista opositor da direção para assessorar a mesa, contratou uma empresa de auditoria para certificar a votação e auditar todos os processos e, ao que se sabe, tudo correu como a lei e os estatutos determinam.
Eleito com uma maioria confortável, tendo em conta o ambiente de suspeição que os seus opositores criaram e o número de listas candidatas, Tomás Correia tem agora que cumprir o seu programa eleitoral.
A bem da Associação, espera-se que as novas regras europeias e a separação dos órgãos dirigentes da Caixa Económica e da Mutualista e a presença nos órgãos eleitos pelo método de Hondt de elementos de oposição venham trazer total transparência na gestão futura.
Por Vítor Norinha/OJE
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