Orçamento do Estado chega ao Parlamento
A proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) vai ser entregue esta segunda-feira, dia 15 de outubro, ao Parlamento. O documento foi aprovado este sábado em Conselho de Ministros, mas a grande surpresa aconteceu no dia seguinte, quando António Costa anunciou uma remodelação no Executivo.
Na proposta deverão estar inscritas metas de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 2,2%, um défice de 0,2%, um desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 117% do PIB em 2019.
Dívida portuguesa reage ao upgrade da Moody’s
A Moody’s subiu o rating de Portugal para o nível Baa3, com perspetiva estável, ou seja, o primeiro grau de investimento, esta sexta-feira. A agência de notação financeira tirou, assim, a dívida portuguesa do ‘lixo’ – nível em que estava há sete anos – e juntou-se às restantes maiores agências do mundo, que também já tinham dado este passo após a crise.
Apesar de a decisão ser esperada e de já estar parcialmente incorporada pelos investidores, a yield das Obrigações portuguesas deverá reagir positivamente na segunda-feira. Na quarta-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar dois leilões duplo de Bilhetes do Tesouro (BT) a três e 11 meses, em que espera angariar entre os 1.000 milhões e os 1.250 milhões de euros.
Itália e Brexit centram as atenções europeias
O Executivo português não é o único a apresentar o Orçamento do Estado e os investidores internacionais estarão especialmente atentos a Itália. Tudo indica que Roma irá propor um défice orçamental acima do que está acordado com a UE, o que tem levado a subidas nas yields da dívidas soberanas na zona euro.
A expetativa é que Bruxelas se pronuncie de forma sobre os planos de Itália, enquanto as agência de rating Moody’s e da Standard & Poor’s avaliam a dívida italiana no fim do mês. Além de Itália, os olhos da Europa também estarão postos no Brexit. Líderes dos 28 países da UE vão reunir-se na quarta-feira para debater o acordo de saída do Reino Unido.
Fed, resultado e guerra comercial em foco nos EUA e China
A Reserva Federal norte-americana subiu a federal funds rate pela terceira vez este ano – para um intervalo entre 2% e 2,25%. Na altura, reviu também em alta estimativa do PIB norte-americano para 3,1% este ano. Esta quarta-feira, irão ser conhecidas as minutas da reunião, que irão centrar as atenções dos investidores do lado dos EUA.
A par, há também resultados, incluindo do Bank of America (segunda-feira) e da Netflix (terça-feira) Na sexta-feira, poderão ser dadas indicações sobre o impacto da guerra comercial na economia chinesa, com a publicação de dados do PIB da China, sendo que os economistas consultados pela agência Bloomberg apontam para um crescimento menor (de 6,5% face aos 6,7% do segundo trimestre).
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