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Topo da agenda: o que não pode perder na economia e nos mercados esta semana

Esta terça-feira, a EDP apresenta os resultados empresariais de 2018 antes da abertura do mercado e António Mexia apresenta em Londres o plano estratégico da empresa. A semana ficará também marcada pela avaliação da Standard & Poor’s à dívida soberana portuguesa. Em setembro, a agência norte-americana manteve a notação da dívida soberana portuguesa inalterada em ‘BBB-‘, mas subiu o outlook para ‘positivo’.
10 Março 2019, 18h30

Eurogupo reúne com Grécia na agenda 

O Eurogrupo reúne esta segunda-feira com vários temas na agenda, que incluem os mercados da habitação na área do euro e as características do instrumento orçamental para a convergência e a competitividade da zona euro, com enfoque na despesa. Mas serão as principais conclusões da segunda missão de supervisão reforçada à Grécia que centrará atenções. Em questão está a autorização do primeiro conjunto de medidas em matéria de dívida subordinadas às políticas acordadas, no valor de 970 milhões de euros. Segundo o relatório da Comissão Europeia, publicado a 27 de fevereiro, “o perfil de financiamento da dívida soberana da Grécia continua a afigurar-se favorável a médio prazo”. Bruxelas sublinhou que desde novembro não ocorreram alterações significativas nos riscos de refinanciamento da dívida pública da Grécia e que o país beneficia de uma de dívida com prazos de vencimento “extremamente longos e a taxas de juro favoráveis”. “As necessidades de amortização a médio e longo prazo continuam a ser moderadas”, acrescentou.

EBITDA da EDP poderá ter caído 14% em 2018

Esta terça-feira, a EDP apresenta os resultados empresariais de 2018 antes da abertura do mercado. Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da EDP no ano passado poderão ter sofrido um recuo de 14,43% para 3.414 milhões de euros face a período homólogo, segundo o consenso de 17 analistas publicado no site da EDP. O dia ficará ainda marcado pela apresentação do plano estratégico da EDP a investidores, analistas e imprensa, em Londres, por António Mexia.

Acordo para o Brexit volta ao Parlamento britânico

Mais uma semana decisiva no longo processo de divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia. Esta terça-feira, Theresa May enfrenta mais um teste de fogo com a votação no Parlamento britânico do acordo reformulado que negociou com Bruxelas, no entanto, as alterações podem não ser suficientes para convencer o Parlamento. Caso o acordo não seja aprovado, os deputados britânicos terão que votar na quarta e quinta-feira a opção de um Brexit sem acordo ou de pedir à União Europeia um prolongamento da data limite para o Brexit. Numa altura em que os mercados mostram sinais de nervosismo, um artigo publicado pelo ING aponta que uma extensão do prazo para o Brexit entre dois a três meses será politicamente mais aceitável no Reino Unido, mas uma extensão de nove a 12 meses será mais realista para encontrar uma solução, o que diminuirá a incerteza e poderá refletir-se num crescimento a curto prazo.

Portugal vai ao mercado para se financiar até 1.250 milhões de euros

O Tesouro vai ao mercado esta quarta-feira com o objetivo de financiar-se em 1.250 milhões de euros. O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai realizar um leilão duplo de Obrigações do Tesouro com maturidades de sete e dez anos, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros. A 13 de fevereiro, Portugal emitiu um total de mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, num leilão duplo a 10 e a 15 anos. A agência liderada por Cristina Casalinho vendeu 705 milhões de euros em dívida com maturidade em 15 de junho de 2029, tendo pago uma taxa de alocação de 1,568%, o valor mais baixo de sempre – o anterior mínimo tinha sido registado em maio de 2018.

S&P pronuncia-se sobre rating de Portugal

Esta sexta-feira, a Standard & Poor’s deverá pronunciar-se sobre o rating de Portugal. A agência norte-americana manteve a notação da dívida soberana portuguesa inalterada em ‘BBB-‘, mas subiu o outlook, ou seja, a perspetiva da notação, para ‘positivo’ de ‘estável’, em setembro do ano passado. No relatório, a S&P justificou que a perspetiva positiva refletia a possibilidade de um upgrade se a desalavancagem privada e pública avançarem ao nível das melhorias na estabilidade financeira. Sinalizou ainda que poderá melhorar a notação de Portugal se a economia continuar a desalavancar externamente ao nível atual de 3% a 5% do Produto Interno Bruto por ano.

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