[weglot_switcher]

Touros de Wall Street fazem pausa após novos máximos históricos

Um dos factores de cautela advém do aviso feito pelo ‘chief equity strategist’ da Goldman Sachs, que referiu ser agora mais provável uma correcção dos mercados no curto prazo.
  • Yves Herman/REUTERS
20 Fevereiro 2020, 17h22

Depois de mais uma incursão por território desconhecido no S&P 500 e no Nasdaq na sessão de quarta-feira, os investidores estão hoje ligeiramente menos agressivos na hora de puxar Wall Street um pouco mais para cima.

Não tanto por haver novidades que aumentem a incerteza quanto ao alastrar da epidemia do coronavírus no resto do mundo, ou a sua progressão na China, mas mais uma pausa para se avaliar com algum detalhe os impactos que inevitavelmente a paragem que já existiu irá provocar nas economias e empresas ocidentais, muito expostas à segunda maior economia do mundo.

Um dos factores de cautela advém do aviso feito pelo ‘chief equity strategist’ da Goldman Sachs, que referiu ser agora mais provável uma correcção dos mercados no curto prazo, o que não será de estranhar dada a extensão dos ganhos nos últimos meses.

Contudo, é igualmente pouco provável aferir como pode ser essa correcção, recordando que neste momento as posições curtas nos índices norte-americanos estão em mínimos desde a crise financeira de 2007. Ou seja, estamos em território de complacência, o que não quer dizer que tal irá resultar numa correcção porque, até prova em contrário, a sustentação provocada pela mão dos bancos centrais revela-se demasiado forte para ser derrubada.

Para já o comportamento dos sectores é misto e nem mesmo as energéticas se destacam, não obstante o crude estar a valorizar 1,5% no WTI para os $54,06 por barril. As tecnológicas, que têm sido as que mais ganhos amealharam nos últimos tempos, estão num movimento de consolidação, sem grandes ondas, não sendo notório qualquer foco de grande interesse no mercado a não ser no cambial, onde o U.S dólar continua a atropelar tudo e todos.

A moeda norte-americana segue esta quinta-feira com mais 0,4% de valorização contra um cabaz de outras moedas principais, um sinal inequívoco de confiança dado pelos investidores sobre a capacidade de a maior economia do mundo conseguir ultrapassar as incertezas deste ano sem grandes sobressaltos, até porque é ano de eleições presidenciais.

O gráfico de hoje é do Brent, o time-frame é semanal.

 

 

O preço do WTI crude está a recuperar ligeiramente da queda das últimas semanas e ainda longe do suporte que está na linha inferior do canal (azul), que poderá vir a ser testado.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.