Depois da mais rápida correcção até aos 30% no S&P500, ao que se seguiu uma das melhores semanas de sempre em Wall Street, os investidores estão agora numa fase de indefinição com os Touros e os Ursos a tentar puxar o sentimento para o seu lado, terminando assim a semana de acordo com as suas preferências, até porque como se verifica uma boa parte dos dados económicos negativos já estão incorporados nos preços de mercado.
Este facto é por demais evidente na reacção dos índices norte-americanos aos números dos non-farm payrolls, que saíram muito pior que o esperado e no entanto o impacto até não foi relevante, com os futuros a efectuarem um ziguezague sem sentido definido, visto que poderia haver volatilidade mas com direcção subjacente, não foi o caso.
Esta reacção algo “muda” de uma perda de 701,000 postos de trabalho em Março nos EUA, a primeira contracção desde 2010, pode ser consequência de um pessimismo que já existia nos investidores, diria mesmo de uma boa dose de realismo, quando há três semanas Wall Street corrigiu acentuadamente, porque não seria preciso muito para se perceber que a característica desta crise teria um impacto económico repentino.
Ou seja, primeiro as empresas deixaria de contratar, o que se verificou nos non-farm payrolls, que recordo só vão até ao dia 12 de Março, e só depois começou a fase dos layoffs, que se constatou nos inéditos aumentos dos pedidos de subsídio de desemprego das últimas duas semanas (depois de 12 de Março).
De realçar que as perdas verificadas após a primeira hora de negociação, que rondam os -1%, apesar de não serem de grande significado em comparação com as oscilações dos últimos dois meses, mas são para já transversais, e nem as energéticas fogem à desvalorização não obstante os ganhos de 5% que se verificam no WTI crude para os $26,4 por barril.
As retalhistas de produtos essenciais e as empresas ligadas à saúde têm por enquanto maior força ascendente relativa, o que quer dizer que existe alguma procura por refúgio mas está a ser selectivo, tal como se verifica nos outros dois activos de eleição, visto que o Ouro segue quase inalterado enquanto que o Yen amealha 0,6% para os 108,54.
O gráfico de hoje é do WTI crude, o time-frame é semanal.
A barra da semana passada, um fecho negativo mas acima dos mínimos da barra anterior, é geralmente um sinal bullish de curto prazo, o que se veio a validar esta semana.
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