Os trabalhadores da EDP marcaram uma greve nacional para dia 20, para contestar a proposta de aumentos salariais de 0,2% apresentada pela empresa, anunciou hoje, quinta-feira, fonte sindical.
“Na reunião negocial de ontem [dia 7], a administração da EDP apresentou uma proposta de aumento 0,2% para todos os trabalhadores, realçando que está disponível para fazer uma majoração nas bases remuneratórias mais baixas da tabela salarial. Esta proposta é inaceitável porque está longe do respeito, da dignificação e da valorização que os trabalhadores das empresas do Grupo EDP merecem”, disse à agência Lusa Joaquim Gervásio, dirigente da Fiequimetal.
A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) emitiu na segunda-feira um pré-aviso de greve para 20 de abril, depois de ter feito, na semana passada, plenários de trabalhadores por todo o país.
Os plenários decorrem ainda esta semana e, segundo Joaquim Gervásio, os trabalhadores têm manifestado grande descontentamento e disponibilidade para a luta.
“Temos desafiado todos os trabalhadores a participarem na greve, independentemente da sua filiação sindical, pois a unidade é muito importante para o resultado desta luta”, disse o sindicalista.
Tendo em conta a proposta da empresa, a Fiquimetal manteve a sua proposta de aumentos salariais de 90 euros por trabalhador.
O salário mais baixo da EDP, que tem cerca de 6.000 trabalhadores, é de 1.000 euros.
A Fiequimetal marcou ainda uma ação de protesto para quarta-feira, no âmbito da qual uma delegação sindical vai estar junto à sede da EDP, em Lisboa, para dar uma conferência de imprensa.
À mesma hora, decorrerá a assembleia-geral de acionistas, para aprovar a distribuição de mais de 750 milhões de euros de dividendos.
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