[weglot_switcher]

Trabalhadores da Reditus em greve por falta de pagamento dos salários

Arménio Carlos junta-se ao protesto da Reditus. “Os trabalhadores estarão em greve neste dia como forma de protesto contra a administração da empresa que assumiu que iria regularizar os valores em falta aos trabalhadores, e voltou a não cumprir”, diz o comunicado da CGTP-IN.
29 Maio 2018, 16h55

Os trabalhadores da Reditus marcaram uma concentração para amanhã dia 30 de Maio, pelas 9:30 horas, à porta da empresa, em Lisboa, na Quinta do Lambert. O protesto deve-se aos atrasos “sucessivos” no pagamento aos trabalhadores e Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN estará na concentração dos trabalhadores da Reditus, à porta da empresa.

“Os trabalhadores estarão em greve neste dia como forma de protesto contra a administração da empresa que assumiu que iria regularizar os valores em falta aos trabalhadores, e voltou a não cumprir”, diz o comunicado da CGTP-IN.

“Tendo as estruturas sindicais obtido informações dos diversos clientes, a quem a Reditus presta serviços em diferentes áreas (comunicações, serviços e banca), afirmam que não existem dividas pendentes à empresa”, afirma o sindicato liderado por Arménio Carlos.

Em comunicado divulgado pela Lusa, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) diz que a administração da empresa assumiu que iria regularizar os valores em falta e “voltou a não cumprir”. “Perante esta postura prepotente, arrogante e desrespeitosa, não nos resta alternativa que não seja marcar uma greve de 24 horas para dia 30 de maio como forma de protesto”, lê-se no comunicado divulgado pela Lusa.

No início do mês, o sindicato desconvocou uma greve de 24 horas, depois de o Grupo Reditus ter pago na totalidade três meses de salários e subsídios de refeição em dívida. Fonte oficial da empresa sublinhou à Lusa ontem que “a Reditus tem mantido, desde sempre, uma postura de abertura e de diálogo permanente e proativo com os seus colaboradores, cumprindo o que com eles acorda”. “A Reditus tem mantido um contacto permanente com as diversas estruturas sindicais, de modo a encontrar sempre as soluções que melhor salvaguardem o interesse de todos”, acrescentou a mesma fonte.

A Reditus apresentou um resultado líquido negativo em 2017 das operações em continuação de 1,6 milhões de euros, melhorando cerca de 1,1 milhões de euros face ao resultado negativo de 2,7 milhões de euros em 2016. Segundo o comunicado à CMVM, o indicador EBITDA da Reditus atingiu em 2017 cerca de 4,9 milhões de euros, face aos 2,8 milhões de euros no período homólogo anterior, equivalente a uma margem EBITDA de 11,6%, 5,4 pontos percentuais acima da margem de 6,1% de 2016. “No entanto, o resultado líquido apresenta-se negativo em 1,6 milhões de euros, apesar de ter registado uma variação positiva de 1,3 milhões face ao período homólogo”, explica o comunicado.

A empresa detida por Miguel Pais do Amaral em 24,7%, pelo BCP com 16,51%, pela família Moreira Rato em 10,12%, entre outros, é gerida por Francisco Santana Ramos; José Gatta; Fernando da Fonseca Santos (que é também acionista com 5,34%) e Helder Matos Pereira.
 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.