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Trabalhadores da vigilância eletrónica das prisões em greve na próxima semana

Sindicatos justificam greve de 28 e 29 de fevereiro com “situação precária”, em recursos humanos e de meios técnicos em que estão a funcionar os serviços da vigilância eletrónica, face ao aumento de pessoas com pulseira eletrotécnica, e os centros educativos. Alertam que não garantem a segurança expectável dos utentes e trabalhadores. E adiantam que manifestam-se por progressões na carreira.
21 Fevereiro 2020, 15h06

Os trabalhadores que exercem funções nas equipas da Vigilância Eletrónica e dos Centros Educativos da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais convocaram uma greve nacional para os próximos  dias 28 e 29 de fevereiro, revelou a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS).

“Esta greve visa denunciar que persiste e se agoniza a situação precária, nomeadamente, em recursos humanos e de meios técnicos em que estão a funcionar os serviços da Vigilância Eletrónica, face ao aumento de pessoas com pulseira eletrotécnica, e os Centros Educativos que não garantem a segurança expectável dos utentes e trabalhadores”, avança o FNSTFPS em comunicado. Sindicatos sinalizam, em antecipação, que responsabilizam desde já o governo por todas as perturbações que as mesmas possam causar nos serviços.

Para esta Federação Nacional dos Sindicatos, a ministra da Justiça do atual governo PS na legislatura anterior “limitou-se a confirmar a existência de problemas e prometeu soluções que nunca cumpriu”, realçando que “mantém-se em silêncio, não dialoga com a Federação que aguarda marcação de uma reunião desde janeiro de 2019”.

Em comunicado acrescentam que a esta Federação e os trabalhadores “não aceitam que o governo e a ministra da Justiça continuem com uma visão economicista, negando o que é evidente, pois não basta fazer estudos para concluir que existem problemas”. Reclamam aqui que é necessário fazer o investimento público para os resolver e melhorar os serviços públicos que são prestados pela DGRSP e garantir os direitos dos trabalhadores.

Para atingir este objectivo, apelam ao recrutamento de mais trabalhadores de todas as carreiras e categorias existentes nestes sectores e mais meios técnicos e logísticos que respondam às necessidades efectivas. Na lista de reivindicações consta ainda a negociação para a valorização das carreiras especiais e subsistentes para as tornar atrativas, condição essencial para fixar trabalhadores nos serviços que trabalham por escalas com prejuízo para a sua vida familiar.

A FNSTFPS reclama também abertura de concursos de promoção nas carreiras especiais de técnicos superiores, técnico-profissionais e de reinserção social para garantir a progressão na carreira de que ainda não beneficiaram desde o seu descongelamento em 2017.

Em comunicado, os sindicatos criticam “a falta de diálogo manifestada pela ministra da Justiça”, a qual, concluem, “indicia a ausência de vontade política, a resolução douradora dos problemas que afetaram estes serviços e determinará inevitavelmente o recurso a novas formas de luta”.

Assim responsabilizamos desde já o governo por todas as perturbações que as mesmas possam causar nos serviços.

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