O Governo anunciou este sábado que deu início a uma operação coordenada de rastreio a trabalhadores de empresas e em locais de trabalho com fatores de risco na região da Grande Lisboa. Os testes destinam-se sobretudo a funcionários de organizações ou zonas com casos de Covid-19 confirmados.
A operação, no âmbito da estratégia de contenção do contágio pelo novo coronavírus, está a ser conduzida pelas autoridades de saúde do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e Instituto da Segurança Social (ISS) e prolonga-se ao longo dos próximos dias, de acordo com a informação divulgada pelo Ministério da Saúde.
Só nas últimas 24 horas a zona de Lisboa e Vale do Tejo registou mais 231 casos da doença, perfazendo um total de 10.874 diagnósticos confirmados. O último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde revelou que 90% dos novos casos de Covid-19 em Portugal (257) são desta região, o que motivou o reforço da estratégia de contenção do surto, nomeadamente nos concelhos de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra.
Na conferência de imprensa desta tarde, a ministra da Saúde adiantou que o rastreio iria abranger “atividades em que se tem verificado maior incidência” do vírus, entre as quais “construção civil, cadeias de abastecimento, transporte de distribuição, caracterizadas normalmente por grande rotatividade de uma parte dos trabalhadores e recurso a trabalho temporário”.
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