Os trabalhadores do Millennium BCP manifestam-se no dia 22 de maio em frente às instalações do banco no Taguspark, em Oeiras, enquanto se realiza a assembleia-geral anual de accionistas. Os trabalhadores exigem a devolução na íntegra dos montantes relativos aos cortes salariais efetuados entre 2014 a 2017 e lembram que já não têm aumentos desde 2010.
A manifestação é promovida por três associações sindicais do setor: Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), Sindicato Independente da Banca (SIB), e Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) e conta com o apoio da União dos Sindicatos Independentes (USI).
Em comunicado, a USI lembra que o Millennium BCP passou de “uma situação precária de sustentabilidade para a apresentação de resultados positivos, lucros, após os anos da crise”, não sendo, por isso, admissível que “a primeira preocupação a ter por parte dos órgãos de gestão seja manter a estagnação remuneratória, e distribuir o positivo dos resultados, atribuindo dividendos aos accionistas, como se só fosse de atender e privilegiar em exclusivo o capital”.
“Em causa estão as merecidas actualizações salariais para os trabalhadores no activo e os justos acréscimos das pensões para os trabalhadores reformados”, salienta o documento.
Defendendo que “a contratação colectiva não pode ser posta em causa, ignorada, por respeito às instituições democráticas e ao Estado de Direito em que estamos inseridos”, a USI lembra que as negociações do ACT – Acordo Colectivo de Trabalho de 2018 caíram num impasse estando em sede de conciliação no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
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