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Transações de empresas caem em janeiro. Espanhóis foram quem mais apostou em ativos nacionais

As fusões e aquisições envolvendo empresas nacionais movimentaram 240 milhões de euros em janeiro de 2019, menos 73,53% do no mês homólogo. Os investidores espanhóis voltaram a ser os mais interessados em negócios no país.
7 Fevereiro 2019, 09h26

O mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla inglesa) em Portugal entrou 2019 com o pé esquerdo. Os anúncios de transações envolvendo empresas nacionais movimentaram 240 milhões de euros no mês passado, menos 73,53% do no período homólogo, de acordo com o mais recente relatório da Transactional Track Record (TTR).

As 21 operações registadas no primeiro mês do ano (menos do que as 32 observadas em janeiro de 2018 e menos do que as 27 assinaladas em janeiro de 2017) fizeram com que houvesse uma queda de 34,38% em número no mercado nacional de fusões e aquisições.

“Mantendo a tendência iniciada em 2015, o setor imobiliário foi o de maior movimentação do período, com cinco transações registadas, apesar de ter apresentado queda de 38% em comparação ao mesmo intervalo do ano precedente. Tecnologia (com quatro operações) e saúde, higiene, estética e eosméticos (com três) aparecem na sequência”, refere o documento.

Os investidores espanhóis voltaram a ser aqueles que mostraram mais apetite por ativos nacionais, totalizando sete negócios cross-border inbound, três dos quais no setor imobiliário. É disso exemplo a compra de dois prédios de escritórios em Lisboa pela Merlin Properties e de um terreno no Parque das Nações pela Kronos Homes. Logo a seguir aos ‘nuestros hermanos’, os britânicos, os chineses, os suíços e os norte-americanos foram quem mais investiu. Quanto aos portugueses, tiveram como alvos (outbound deals) empresas no Reino Unido, em França e no Luxemburgo.

No cenário de venture capital, forma públicos apenas dois deals: o financiamento pre-seed, de 400 mil euros, do fundo da Indico Capital Partners na 3D Sound Particles e o investimento da HCapital Partners, de dois milhões de euros, na portuense Omniflow. Já em relação a private equity as duas operações divulgadas não tiveram o montante divulgado.

Como negócio do mês, o diretório destacou a conclusão da compra de 100% do capital das operações em Portugal e Cabo Verde da cimenteira portuguesa Cimpor por parte do fundo turco OYAK. A assessoria jurídica esteve a cargo da Linklaters Portugal e da KPMG Advisory Services, ao lado dos investidores da Turquia, e da Uría Menéndez – Proença de Carvalho, a apoiar a Cimpor. Ainda assim, o ‘ranking’ de assessores jurídicos foi liderado pela sociedade SRS Advogados, presidida por Pedro Rebelo de Sousa. Enquanto assessores financeiros, sobressaíram, empatados, a Crowe Horwath Portugal e a Optimal Investments.

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