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“Transmite imagem de instabilidade ao estrangeiro”. Empresas criticam proposta do PS para os vistos gold

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, CCP, e a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, CPCI, consideram que a proposta do Partido Socialista “não tem em ponderação os interesses económicos das empresas que operam a montante e a jusante do setor imobiliário nacional”.
31 Janeiro 2020, 11h57

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) mostram-se contra a proposta do Partido Socialista (PS) que visa colocar um ponto final na concessão dos ‘Vistos Gold’ nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Em comunicado conjunto emitido esta sexta-feira, 31 de janeiro, as duas entidades referem que “esta potencial alteração transmite aos investidores estrangeiros uma imagem de instabilidade e insegurança”.

No mesmo documento, as duas confederações assumem que esta proposta do PS “põe em causa o nome de Portugal enquanto destino recetor de investimento, e que será decerto prejudicial para o objetivo de descentralizar o investimento para o interior do país”, acrescentando que o Partido Socialista não está a ter “em ponderação os interesses económicos das empresas que operam a montante e a jusante do setor imobiliário nacional”.

Para a CCP e CPCI as consequências desta proposta “não estarão a ser devidamente avaliadas, tendo em conta o contexto do investimento imobiliário internacional do qual Portugal faz parte há pouco tempo”.

As duas entidades são de opinião de que deverá ser feito um “reajuste do programa em vigor, que passe pela alteração do valor mínimo de investimento em imobiliário para obtenção de visto de residência, e tendo em conta os municípios onde haja uma maior pressão imobiliária, ao invés do cancelamento alargado às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

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