A utilização da Inteligência Artificial (IA) no mundo do trabalho já se tornou recorrente em diversos sectores, o farmacêutico não é exceção. De acordo com o relatório Ascendant da Minsait, três em cada quatro empresas concebem os seus produtos e serviços, especialmente os medicamentos, com a ajuda da IA.
O mesmo estudo revela que, para além desta ferramenta ser utilizada na conceção dos produtos, auxilia também nas áreas de cibersegurança, marketing e sistemas.
Um total de 33% das empresas consultadas para este relatório mostram que já aplicam a IA na análise de doenças, enquanto 29% afirma ter utilizado para o desenvolvimento e fabrico de medicamentos.
Sete em cada dez farmacêuticas revela que, com esta tecnologia, procuram alcançar uma maior eficiência nas suas operações, pretendendo aumentar a sua competitividade, enquanto 34% destaca a utilização desta ferramenta pela melhoria na toma de decisão.
Apesar de já ser uma ferramenta utilizada por muitos, o estudo salienta que existe uma escassez de profissionais especializados, que há falta de visão estratégica, por parte da gestão de topo, e há incerteza causada pelo quadro regulamentar variável por geografia e sector na fase de desenvolvimento e implementação.
Luis Monção, diretor de indústria e consumo da Minsait em Portugal, afirma que “já não há dúvidas sobre o potencial da IA para qualquer empresa, independentemente da sua dimensão e sector. Além de aumentar a competitividade, tem a capacidade de ajudar a integrar soluções que podem transformar produtos e serviços e, paralelamente, otimizar processos assim como ajudar na tomada de decisões estratégicas”.
“Nos próximos anos o sector farmacêutico deverá realizar investimentos consideráveis na produção, digitalização, investigação e sustentabilidade, e a IA poderá ter um papel fundamental naquilo que se pode vir a alcançar”, refere Luís Monção.
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