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Trump cancela viagem à Dinamarca porque a Gronelândia não está à venda

Donald Trump ficou chateado por a primeira-ministra da Dinamarca anunciar que a ideia da compra da Gronelândia era “absurda” e que a maior ilha do mundo “não está à venda”.
21 Agosto 2019, 10h35

O presidente dos Estados Unidos da América cancelou a viagem que tinha marcada, para 2 de setembro, à Dinamarca. Donald Trump levou o caso para o Twitter e afirmou que ia “adiar a visita que estava marcada para daqui a duas semanas para mais tarde”.

Apesar da visita de Estado oficial ter sido a convite da Rainha Margrethe II, Trump ficou chateado com as declarações da primeira-ministra da Dinamarca e recusa-se agora a visitar o país escandinavo.

Esta recusa deve-se ao facto de Trump ter afirmado que estava interessado em comprar a Gronelândia, algo que a primeira-ministra Mette Frederiksen descreveu como “absurdo”.

“A Dinamarca é um país muito especial com pessoas incríveis, mas com base nos comentários da primeira-ministra Mette Frederiksen, em que ela não tem interesse em discutir a compra da Gronelândia, vou ter adiar a nossa reunião marcada para daqui a duas semanas para outra altura”, escreveu o presidente na rede social.

Donald Trump descreveu que a compra da Gronelândia, território autónomo da Dinamarca, seria “essencialmente, um bom negócio”. “A primeira-ministra conseguiu economizar uma grande quantia em despesas e esforços, tanto para os Estados Unidos quanto para a Dinamarca, por ser tão direta”, sustentou o presidente.

“Agradeço-lhe por isso e estou ansioso remarcar para outro momento no futuro!”, conclui Donald Trump na rede social Twitter.

A sugestão de compra foi ignorada pelos responsáveis da Dinamarca e da Gronelândia. “A Gronelândia não está à venda, mas a Gronelândia está aberta ao comércio e à cooperação com outros países, incluindo os EUA”, sublinhou Kim Kielsen, primeira-ministra do território que Trump pretende adquirir.

Trump teria interesse na compra da Gronelândia devido aos seus recursos naturais, tal como carvão, zinco, cobre e minério de ferro. De acordo com o ‘The New York Times’, o presidente também estava interessado no “valor da segurança nacional” devido à sua localização. Ainda assim, o território ainda depende da Dinamarca para dois terços da sua receita orçamental.

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