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Trump equaciona expulsar empresas chinesas da bolsa americana

A decisão afetaria empresas como Alibaba, Baidu ou PetroChina e elevaria para um nível superior as atuais tensões entre Washington e Pequim.
  • Presidente chinês, Xi Jinping, e governante norte-americano, Donald Trump, conversam durante evento em Pequim, em 2017
28 Setembro 2019, 11h21

A administração de Donald Trump está a analisar a forma de limitar o investimento norte-americano em empresas chinesas. A medida mais agressiva passa por expulsar as empresas chinesas do mercado de capitais dos Estados Unidos.

A notícia é avançada pela Bloomberg, que cita próximas da Casa Branca. Especialistas ouvidos por esta agência noticiosa avaliam o impacto da medida em milhões de milhões de dólares, um valor estratosférico que  ultrapassaria os números da atual guerra de tarifas entre os dois países. Basta lembrar que só a Alibaba mobilizou para cima de 25 mil milhões de dólares na sua estreia em Wall Street.

A capitalização bolsista das cotadas chinesas ronda 1,2 biliões de dólares, o equivalente a 1,1 biliões de euros. Entre os títulos mais valiosos figuram os do  gigante de ‘e commerce’ fundado por Jack Ma Alibaba, a Baidu, uma espécie de “google chinesa” e a petrolífera PetroChina, maior petrolífera chinesa e maior do mundo em valor de mercado. Só a Alibaba tem uma capitalização bolsista na casa dos 500 mil milhões de dólares (457 mil milhões de euros).

Mal foi conhecida a intenção da administração Trump, a maioria das empresas cotadas chinesas nas bolsas americanas sofreram forte revés, arrastando os principais índices. Só a Alibaba registou uma queda na casa dos 5,5% na sessão desta sexta-feira.

Além dos efeitos económicos, com implicações na economia global, a decisão de expulsar as chinesas da bolsa elevaria o escalar das atuais tensões entre Washington e Pequim para outro patamar.

As mesmas fontes dizem à Bloomberg que nenhuma decisão está ainda tomada nem há data prevista.

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