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Turismo atinge novo recorde: 27 milhões de passageiros e 4,3 mil milhões de euros

Os mercados externos foram os que mais contribuíram nas dormidas, verificando-se 48,8 milhões de dormidas, e que o mercado interno contribuiu com 21,1 milhões de dormidas. O rendimento médio por quarto ocupado atingiu 88,7 euros, aumentando 1,9%.
14 Fevereiro 2020, 12h09

O turismo em Portugal voltou a atingir o melhor número de sempre, tendo registado 27 milhões de visitantes no conjunto do ano. Embora os dados ainda sejam preliminares, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou esta sexta-feira, 14 de fevereiro, que “os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 27 milhões de hóspedes e 69,9 milhões de dormidas”, valores que corresponderam a um aumento de 7,3% e 4,1%, respetivamente, face ao ano anterior.

No total do ano, Portugal conseguiu um proveito total de 4.276,6 milhões de euros, o equivalente a 4,3 mil milhões de euros, verificando um aumento de 7,3% face ao ano anterior. No mês de dezembro, o valor de proveitos fixou-se em 205,8 milhões de euros, assumindo um aumento de 9,6% em relação ao período homólogo.

O gabinete estatístico português apontou ainda que, no mês de dezembro, o setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, correspondendo a variações positivas de 10,2% e 8,2% face ao mês de novembro. As dormidas de residentes aumentaram 4,6% e e as de não residentes aumentaram 10,4% face ao mês anterior.

Também na análise de dezembro, a estada média, que se tinha fixado em 2,23 noite, caiu 1,8%, enquanto a taxa de ocupação aumentou 0,9 p.p., sendo que no mês anterior se tinha situado em 31,2%. O rendimento médio por quarto disponível voltou a aumentar 5% para 27,9 euros e o rendimento médio por quarto ocupado atingiu 73,3 euros, aumentando 1,6%.

O gabinete estatístico aponta que os mercados externos foram os que mais contribuíram nas dormidas, verificando-se 48,8 milhões de dormidas, e que o mercado interno contribuiu com 21,1 milhões de dormidas. Neste caso, o rendimento médio por quarto aumentou 2% para 49,4 euros e o rendimento médio por quarto ocupado atingiu 88,7 euros, aumentando 1,9%.

Mercado externo como maior impulsionador do turismo

O Reino Unido foi o principal mercado emissor de Portugal em 2019, representando 19,2% das dormidas de não residentes. No ano passado, verificou-se um aumento nos hóspedes britânicos, em 5,9%, depois de uma diminuição de -2,7% em 2018, sendo que também as dormidas cresceram 1,5%.

Em 2019, os meses de verão (julho a setembro) foram os que registaram maior número de dormidas (36,3% das dormidas totais, após 36,7% em 2018), tendo concentrado 38,6% das dormidas de residentes e 35,3% das dormidas de não residentes.

Os dezasseis principais mercados emissores representaram 83,6% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico em dezembro. No conjunto do ano de 2019, estes mercados detiveram uma quota de 86,6% e observaram um crescimento de 2,4%.

O mercado britânico (14,8% do total das dormidas de não residentes em dezembro) registou um aumento de 8,4% em dezembro. Em termos anuais, este mercado cresceu 1,5% e deteve uma quota de 19,2%. O mercado alemão (10,9% do total) recuou 3,6% em dezembro. Em 2019, este mercado apresentou um peso relativo de 12,0%.

As dormidas de hóspedes espanhóis (16,3% do total) evidenciaram-se, com um crescimento de 22,2% em dezembro. Em 2019, este mercado representou 10,7% das dormidas e cresceu 7,4%. O mercado brasileiro (8,4% do total) apresentou um crescimento de 10,6% em dezembro e de 13,5% no ano 2019.

O mercado francês (7,2% do total) apresentou um crescimento de 5,7% em dezembro. No conjunto do ano 2019, este mercado recuou 1,3%. Em dezembro, destacaram-se também os mercados norte-americano (+29,2%), canadiano (+27,6%) e irlandês (+26,0%). Desde o início do ano, o realce vai para os mercados norte-americano (+20,2%) e chinês (+16,0%).

Norte destacou-se no mercado interno mas Lisboa agregou 20% das dormidas no país

As regiões que apresentaram maiores taxas de sazonalidade, foram o Algarve (42,9%), Região Autónoma dos Açores (39,8%) e Alentejo (39,5%), enquanto na Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana de Lisboa este indicador situou-se em 30,7% e 30,9%, respetivamente.

Lisboa registou 13,8 milhões de dormidas (19,8% do total das dormidas registadas no país), que se traduziram num crescimento de 4,8%. As dormidas dos residentes apresentaram um ligeiro aumento de 0,1%. As dormidas de não residentes predominaram (peso de 84,0% no total das dormidas no município) e aumentaram 5,8%, representando 23,8% do total das dormidas no país por parte de não residentes.

Em Albufeira foram registadas 8,5 milhões de dormidas em 2019 (12,2% do total), que se refletiram num aumento de 2,5%. Neste município, as dormidas dos residentes aumentaram 5,4%, evolução superior à registada pelos não
residentes (peso de 78,0% no total das dormidas no município), tendo estas representado 13,6% do total nacional de dormidas de não residentes.

As dormidas no município do Funchal (7,2% do total) diminuíram 4,1% em 2019, com o contributo dos mercados externos (-5,1%), dado que o mercado interno aumentou 5,6%. Neste município, 89,2% das dormidas em 2019 foram de não residentes. O município do Porto (6,5% do total) apresentou um crescimento de 10,9% em 2019. Este mercado interno cresceu 1,7% e os mercados externos aumentaram 13,0%.

Em 2019, entre os municípios mais representativos no total nacional, Matosinhos sobressaiu com a maior quota de residentes (60,2%), seguindo-se Braga (51,8%). Neste período, os não residentes foram especialmente predominantes (92,9%) no município de Santa Cruz (Madeira).

As dormidas na hotelaria (82,1% do total) aumentaram 6,1%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 15,6% do total) cresceram 21,9% e as de turismo no espaço rural e de habitação aumentaram 4,6%.

Assim, as dormidas em hostels registaram um crescimento de 23,7%, representando 22,9% das dormidas em alojamento local e 3,3% do total de dormidas no setor do alojamento turístico neste ano.

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