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Turismo: Não residentes e dormidas superaram níveis de 2019 no último ano

Em 2023, chegaram 26,5 milhões turistas não residentes a Portugal, um aumento de 19,2% face a 2022 e de 7,7% em relação a 2019. Já o número de hóspedes atingiu os 32,5 milhões, que proporcionaram 85,1 milhões de dormidas.
8 Julho 2024, 11h50

A atitividade turística em Portugal em 2023 superou os registos verificados em 2019. No último ano as chegadas de turistas não residentes a Portugal foi de 26,5 milhões, um aumento de 19,2% face a 2022 e de 7,7% em relação ao período pré-pandemia, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

Já o número de hóspedes atingiu os 32,5 milhões que proporcionaram 85,1 milhões de dormidas, o que correspondeu a subidas de 12,5% e 10,3%, respetivamente, valores que refletem crescimentos médios anuais de 2,4% e 2,3%, pela mesma ordem, desde 2019.

O mercado interno gerou um terço das dormidas em 2023, 28,1 milhões, mais 2,1% do que no ano anterior, e os mercados externos deram origem a 57,1 milhões de dormidas, refletindo um crescimento anual de 14,9%.

As dormidas de não residentes representaram 67% das dormidas na generalidade dos meios de alojamento, tendo este sido o ano, desde 2013, em que se observou uma maior dependência dos mercados internacionais, apenas superado pelo ano de 2017, em que estes mercados totalizaram 67,8% do total.

O mercado espanhol manteve-se como principal mercado emissor de turistas internacionais (quota de 25,2%), tendo crescido 16,7% face ao ano anterior. Contudo, o Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2023 (18,0% do total de dormidas de não residentes) e registou um crescimento de 10,2% das dormidas (+5,9% face a 2019), seguido do mercado alemão, (11,8% do total), que aumentou 12,4% (+5,9% face 2019), mantendo a segunda posição.

Nos estabelecimentos de alojamento turístico, os proveitos totais ascenderam a seis mil milhões de euros (+20%) e os de aposento a 4,6 mil milhões (+21,4%). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 64,8 euros (+15,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado foi de 113,0 euros (+9,1%).

No último ano, a despesa média por turista em cada viagem teve um acréscimo de 4,3% face ao valor de 2022, fixando-se em 242,4 euros (+23,9% face a 2019). Nas deslocações em território nacional, os residentes gastaram, em média, 164,3 euros por turista/viagem, +1,1 euros que em 2022 e +31,3 euros em comparação com 2019.

Nas deslocações para o estrangeiro, o gasto médio por turista/viagem decresceu -2,1% em 2023 (+17,5% do que em 2019), tendo atingido 736,6 euros.

Todas as regiões registaram acréscimos no número de dormidas em 2023, destacando-se o Oeste e Vale do Tejo (+18,2%), o Norte (+14%) e a Grande Lisboa (+11,8%) com as maiores variações, sendo menos expressivos no Algarve (+6,7%) e no Centro (+6,9%). Em comparação com 2019, o Algarve e a Península de Setúbal foram as exceções, ao ficarem, em termos de dormidas, ainda aquém dos níveis pré-pandemia (-1,5% e -0,9% respetivamente).

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