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Turismo “quer um bom” OE aprovado e que “guerras” partidárias não se sobreponham aos interesses do país

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, apela a um “consenso político”, dado que ninguém quer novas eleições no país e pede a Luís Montenegro “determinação e rigor” para implementar os grandes projetos que o país necessita, como o novo aeroporto e a ferrovia.
Francisco Calheiros
29 Setembro 2025, 15h30

A menos de um mês da apresentação do Orçamento de Estado 2026, o setor do turismo espera não só que este seja aprovado, mas que principalmente seja um bom Orçamento para o país. Esta mensagem foi transmitida por Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), na celebração do dia mundial do turismo que decorre em Tróia esta segunda-feira.

“Espero que as guerras partidárias não se sobreponham aos reais interesses do país. Não queremos um Orçamento aprovado, mas sim um bom Orçamento. Que haja consenso político”, afirmou Francisco Calheiros.

O presidente da CTP aproveitou a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro para reforçar que ninguém quer eleições e confia na aprovação do Orçamento.

“O primeiro-ministro teve a confiança dos portugueses nas urnas, peço-lhe determinação, rigor e a implementação dos grandes projetos que vão fazer o país e o turismo”, como são os casos do novo aeroporto de Lisboa e a ferrovia.

Francisco Calheiros relembrou alguns dos desafios que Portugal tem pela frente, como a TAP que “não pode continuar orgulhosamente só”, defendendo a CTP uma privatização a 100%. “Esperemos que o processo não tenha entraves e se desenrole o mais rápido possível”, referiu.

Sobre o aeroporto, o líder da CTP sublinhou que o tempo passa e nada anda. “Estou em crer que nunca vou ver a sua construção. O novo aeroporto não pode entrar em funcionamento sem as estruturas básicas. O turismo português não pode crescer mais sem um novo aeroporto”, salientou.

Já em relação à ferrovia considera ser uma necessidade do país e que muito beneficiaria o turismo, setor que no entender de Francisco Calheiros devia ser alvo de um Simplex, tal como já acontece na habitação.

“É tempo de aproveitar a digitalização como motor de simplificação que libertem tempo e recurso para as empresas criarem valor e emprego”, afirmou.

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