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Turismo: sinais de desaceleração estendem-se a outubro

O setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de hóspedes e 6,4 milhões de dormidas em outubro, com aumentos de 5,4% e 2,1%, respetivamente, sendo que em setembro as subidas foram de 5,1% e 3,4%, pela mesma ordem.
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13 Dezembro 2019, 11h26

Com o aumento da estada média dos turistas a assumir-se como uma das principais metas a atingir, tanto para o Governo como para os empresários, os números referentes à atividade turística em outubro passado, divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), voltam a apontar para uma ligeira desaceleração. Assim, segundo o INE, em outubro, a estada média foi de 2,55 noites, o que traduz uma redução de reduziu-se 3,2%, tendo particularmente recuado 1,0% nos residentes e 4,7% nos estrangeiros.

O registo de recuos em outubro último estende-se ainda à taxa de ocupação, que foi de 48,7%, numa descida 1,2 pontos percentuais (p.p.). No mês anterior, em  setembro, já havia registado um recuo de 1,3 p.p..

Também as receitas totais desaceleraram para 5,4%, sendo que em setembro tinham registado uma subida de 6,8%, atingindo assim 387,9 milhões de euros. Já os proveitos por quarto, foram de 289,1 milhões de euros, tendo aumentado 6,7%, ligeiramnete abaixo dos 6,9% obtidos no mês anterior.

O INE apurou ainda que o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 50,3 euros, o que se traduziu num aumento de 2,2% (em setembro a subida foi de 1,7%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 84,8 euros, num aumento de 3,1% (enquanto em setembro o crescimento foi de 2,8%).

As dormidas de residentes cresceram 0,1%, numa clara desaceleração já que em setembro o aumento foi de 4,6% em setembro, e e as de não residentes aumentaram 2,7%, quando em setembro a subida foi de 2,9%.

Mercado interno com forte abrandamento. Americanos continuam alta
Em outubro, o mercado interno contribuiu com 1,6 milhões de dormidas, o que representou um aumento de
0,1%, muito aquém do aumento de 4,6% registado em setembro. Já as dormidas dos mercados externos (peso de 75,5% em outubro) cresceram 2,7% (mais 2,9% em setembro) e atingiram 4,8 milhões.

Nos primeiros dez meses do ano, as dormidas aumentaram 3,7%, com contributos positivos quer dos residentes (ao crescerem 5,8%), quer dos não residentes (com subida de 2,9%).

Sobre os dezasseis principais mercados emissores, que representaram 85,7% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico em outubro, o INE apurou que o mercado norte-americano (6,4% do total) se evidenciou com um crescimento de 20,5% em outubro. Desde o início do ano, este mercado cresceu 19,7%.

Em outubro, destacaram-se também os mercados chinês, que cresceu 17,7% e brasileiro, que subiu 15,6%. Desde o início do ano, o realce vai para os mesmos mercados, com crescimentos de 16,4% e 14,0%, respetivamente.

Nota ainda para o mercado britânico (21,4% do total das dormidas de não residentes) que registou um aumento de 2,7% em outubro, e no conjunto dos dez primeiros meses do ano, cresceu 1,1%; os hóspedes alemães (13,5% do total) diminuíram 8,9%  e desde o início do ano, este mercado reduziu-se 6,9%; o mercado francês (8,6% do total) diminuiu 2,6% em outubro e 1,6% desde o início do ano. Já os espanhóis (7,3% do total) registaram um decréscimo de 5,9% em outubro mas, no conjunto dos dez primeiros meses do ano, este mercado aumentou 6,6%.

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