Atualmente, mais de 60 mil crianças do ensino básico têm aulas de Ciências da Computação em Portugal, devido à plataforma ubbu.
O projeto nasceu há quatro anos como Academia de Código_junior e não pára de crescer, incluindo no estrangeiro. A internacionalização foi, de resto, o motivo que levou ao rebranding para ubbu. A explicação é simples: havia que torná-lo mais acessível para todos, sobretudo para as crianças.
Hoje, a plataforma está presente em países como África do Sul, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, Estados Unidos, Espanha, Holanda e Noruega. Segundo João Magalhães, CEO da ubbu, a expansão não esteve isenta de desafios, que foram ultrapassados por via das parcerias com a multinacional Microsoft e a portuguesa JP.IK, herdeira da empresa que há cerca de uma década lançou o computador Magalhães.
A expansão da ubbu continua a consolidar-se. Durante a apresentação do rebranding, que contou com a presença do secretário de Estado da Educação João Costa, o CEO da startup revelou ter acordos para chegar a, pelo menos, um milhão de crianças em todo o mundo até ao final de 2019.
“Este projeto nasceu da ambição de capacitar as gerações futuras com as competências necessárias para um mundo sustentável numa era cada vez mais digital”, contou João Magalhães, que fundou a Academia de Código juntamente com Domingos Guimarães. Na altura, a rampa de lançamento foi transformar desempregados em programadores informáticos através da reconversão profissional.
A Academia de Código_júnior nasceu em 2015 com três escolas e em formato de projeto piloto. Em 2016 já havia pedidos de diversas escolas do mundo e parceiros para implementar o projeto. No município do Fundão, todas as crianças do 1º. ao 6º. ano de escolaridade têm aulas de Ciências da Computação. “É a primeira cidade do país que tornou a disciplina obrigatória”, salienta João Magalhães.
A ubbu oferece um programa curricular “chave na mão” para as escolas e uma formação online para os professores com duração de 25 horas. Depois de formado, qualquer professor de qualquer disciplina pode ensinar programação. A plataforma oferece as aulas já estruturadas, incluindo exercícios. Para aceder à plataforma e poder ministrar a disciplina de Ciências da Computação aos alunos do primeiro ao sexto ano de escolaridade, a escola tem de se inscrever.
João Magalhães explica que o ensino de programação leva os alunos a desenvolver um raciocínio lógico, ajuda-os na resolução de problemas e estimula a criatividade. Por outro lado, as crianças que aprendem programação deixam de ser apenas consumidores de tecnologia para passarem a ser criadores de tecnologia. Aponta o sucesso do jogo “Fortnite” como um exemplo de programação que se tornou sensação entre os jovens.
Por seu turno, o secretário de Estado da Educação, disse na sessão de apresentação do rebranding, que ocorreu na Casa do Impacto, em Lisboa, que o mundo está em mudança no sistema educativo e não basta ter a tecnologia, também é preciso ter bons conteúdos, pensamento crítico, capacidade de análise e professores motivados.
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