Depois de uma reunião realizada no domingo, que durou mais de seis horas, um porta-voz da Uber disse à Bloomberg que a empresa fará alterações na sua estrutura e nos seus procedimentos, sem no entanto, revelar o que acontecerá a Travis Kalanick, CEO da empresa (na imagem), ou a Emil Michael, principal responsável pelos negócios da Uber.
Estas alterações foram recomendadas pela equipa que conduziu uma investigação interna – no seguimento de várias queixas de assédio sexual e de outros comportamentos discriminatórios – liderada por Eric Holder, antigo procurador-geral dos EUA.
O mesmo porta-voz declarou que estas medidas começarão a ser implementadas esta semana e que na terça-feira serão explicadas, durante uma reunião, aos empregados da Uber. No entanto, questionado pela Bloomberg quanto à contratação de Wan Ling Martello para a administração, o porta-voz preferiu não comentar.
Dos itens em agenda nesta reunião, diz a Bloomberg, fariam parte a possível imposição de uma licença sabática a Kalanick e ainda o despedimento de Michael. Estas medidas seriam motivadas pelo envolvimento destes administradores em pelo menos dois incidentes – o tratamento da informação pessoal de uma vítima de violação na Índia e queixas no seguimento de uma visita a um bar de karaoke em Seul –, descoberto pela investigação de Holder.
As saídas (permanentes ou não) destes dois responsáveis parecem ser corroboradas com as mais recentes contratações da Uber: Frances Frei foi admitido para o cargo de vice-presidente sénior para a Estratégia e Liderança, ao passo que Bozoma Saint John sai da Apple para ocupar o cargo de Responsável de Marca.
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