Os resultados líquidos do grupo UBS (excluindo interesses minoritários) no acumulado dos nove meses ascendem a 4.315 milhões de dólares (3.986,5 milhões de euros), o que compara com 27.645 milhões (25.540,8 milhões de euros) no mesmo período de 2023.
Os resultados por ação caem de 8,46 dólares para 1,29 dólares.
O ROE (rentabilidade) cai de 52,1% para 6,8% num ano.
Isto apesar de as receitas até setembro terem superado as do período homólogo ao atingirem 36.976 milhões de dólares (contra 29.979 milhões um ano antes).
Já no terceiro trimestre o lucro do banco que engoliu o Crédit Suisse soma 1.425 milhões de dólares (1.316,5 milhões de euros), acima dos 1.136 milhões de dólares no segundo trimestre. Isto depois de completar a sua primeira onda de migrações de clientes após a integração do rival doméstico Credit Suisse.
Os lucros por ação nos três meses totalizam 0,43 dólares quando no segundo trimestre eram 0,34 dólares.
O UBS disse esta quarta-feira que o lucro líquido do terceiro trimestre de 1,425 mil milhões de dólares compara com um prejuízo de 715 milhões de dólares no mesmo trimestre do ano passado. Os analistas previam um lucro líquido de 740 milhões de dólares, de acordo com as estimativas consensuais compiladas pelo banco.
No terceiro trimestre o ROE de 6,7% supera os 5,4% do trimestre anterior.
Já o Return on tangible equity atinge 7,3% no fim de setembro.
O banco suíço apresenta ainda a rentabilidade medida pelo retorno do capital core. O Return on common equity tier 1 capital que atingiu os 7,6% acima de 5,9% no trimestre anterior.
Em receitas, entre julho e setembro o grupo obteve 12.334 milhões de dólares, acima dos 11.904 milhões no trimestre anterior.
O rácio de capital CET 1, uma medida da solvabilidade bancária, foi de 14,3%, face aos 14,9% do segundo trimestre.
O UBS disse ainda que espera concluir o seu programa planeado de recompra de ações de mil milhões de dólares no quarto trimestre e pretende continuar as recompras em 2025.
“Começámos a ver os benefícios do nosso modelo de negócio diversificado, do nosso alcance global”, disse o CEO Sergio Ermotti.
A divisão de Investment Banking do UBS brilhou no terceiro trimestre, com o lucro líquido da área a aumentar 36% em termos homólogos, em grande parte devido ao desempenho em derivados de ações, receitas cambiais e taxas. O banco também notou um aumento no Global Banking.
Entretanto, a Global Wealth Management caiu 6% em termos homólogos, como resultado de margens de depósito mais baixas e receitas de empréstimos mais fracas, após volumes médios mais fracos.
Em comunicado o banco destaca o “impulso contínuo dos clientes com 25 mil milhões de dólares de novos ativos líquidos em Global Wealth Management, no bom caminho para cumprir a nossa ambição de cerca de 100 mil milhões de dólares para 2024”.
Bem como os ativos investidos pelo grupo de 6,2 triliões de dólares, um aumento de 15% face ao ano anterior.
O rácio de eficiência medido pelo Cost/income ratio fixou-se em 83,4%.
O grupo destaca ainda que as reduções de RWA (ativos ponderados pelo risco) não essenciais e legados continuam acima do planeado; com 5 mil milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano e 41 mil milhões de dólares desde o segundo trimestre de 2023.
O UBS mantém as ambições de redução de custos com poupanças adicionais de 0,8 mil milhões de dólares em custos brutos realizadas no terceiro trimestre e cerca de 7,5 mil milhões de dólares previstos para todo o ano de 2024
Um ano e meio desde a forte fusão do UBS com o Credit Suisse, cabe agora ao CEO Ermotti a responsabilidade de definir a trajetória do banco num cenário moldado pela volatilidade geopolítica, descidas nas taxas de juro e pressão para acompanhar o ritmo do lucro de dois dígitos dos concorrentes norte-americanos Goldman Sachs e Morgan Stanley.
A nível interno, o UBS opera nos limites de uma economia definida por um robusto franco suíço
e a queda acentuada da inflação anual, que desceu para apenas 0,8% em Setembro, levantando questões sobre uma maior flexibilização da política monetária por parte do Banco Nacional Suíço – e o impacto de tais intervenções na rendibilidade dos bancos comerciais.
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