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UBS com lucros de 5,1 mil milhões de dólares em 2024

O banco suíço UBS anunciou ainda que vai recomprar ações próprias no valor de mil milhões de dólares (895 milhões de euros) no primeiro semestre e 2 mil milhões de dólares (1,79 mil milhões de euros) na segunda metade de 2025. Ações do banco estão em queda.
Michael Buholzer / EPA
4 Fevereiro 2025, 10h53

O banco suíço UBS superou a previsão de lucros, mas ações caem porque plano de recompra não impressiona os investidores.

O UBS anuncia um lucro líquido de 5,1 mil milhões de dólares (4,56 mil milhões de euros) no exercício de 2004 e propõe um dividendo de 0,90 dólares por ação. Em 2023, os lucros tinham sido de 27,37 mil milhões de dólares.

No quarto trimestre, o UBS registou um lucro líquido atribuível aos acionistas de 770 milhões de dólares (486 milhões de dólares), o seu quarto trimestre consecutivo de lucro.  O valor superou em muito a estimativa média de 483 milhões de dólares dos analistas, com o UBS a beneficiar de custos inferiores ao esperado, receitas robustas e um forte desempenho do seu banco de investimento.

O UBS anunciou ainda que vai recomprar ações próprias no valor de mil milhões de dólares (895 milhões de euros) no primeiro semestre e 2 mil milhões de dólares (1,79 mil milhões de euros) na segunda metade de 2025. O dividendo referente aos resultados de 2024 sobe para 90 cêntimos e será reforçado em 10% em 2025.

O banco anunciou em comunicado que a integração do Credit Suisse em curso, com todos os principais objectivos para 2024 alcançados, reduzindo significativamente o risco de execução da aquisição do Credit Suisse. O banco fala em “consolidação das principais entidades operacionais e migração bem sucedida das contas de clientes de gestão de patrimónios na APAC (Ásia-Pacífico) e na Europa no quarto trimestre”.

Segundo a Reuters, os analistas observaram que os resultados do UBS foram mistos, com novos ativos líquidos abaixo das previsões, e que muitas expectativas foram incorporadas no preço, com as ações a subirem mais de 80% desde que o banco comprou o seu rival Credit Suisse numa aquisição de emergência em 2023.

Para evitar uma repetição do colapso do Credit Suisse, atingido por um escândalo, as autoridades suíças comprometeram-se a elaborar regulamentos bancários mais rigorosos, no centro dos quais estão os planos para fazer com que o UBS detenha mais capital. Mas ainda não é claro quanto será.

As ações do banco suíço caem 5,66% em contraciclo com o setor, porque os seus planos de recompra de ações, condicionados à ausência de alterações nas regras de capital suíças, não impressionaram os investidores.

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