Neste encontro organizado pela UGT Braga e que tinha como principais objetivos discutir e debater para o bem de empresas fortes, dinâmicas, competitivas e sustentáveis economicamente, mas também para o reconhecimento aos trabalhadores pelo trabalho prestado, passando esse reconhecimento pela oferta de boas condições de trabalho, quer físicas, quer financeiras.
Na sua intervenção nesta conferência, a secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, começou por louvar a oportunidade do debate, lembrando que “as exportações estão no máximo histórico e contribuindo para o crescimento económico e do emprego”, sendo que a zona norte do país tem sido de grande relevância para o aumento dos valores das exportações.
Ana Lehmann fez questão de relembrar ainda que a indústria atual e a “do futuro deixou de ser um conceito teórico” reforçando ainda a sua ideia ao afirmar que “evolução tecnológica é hoje uma presença diária no setor da indústria”, nomeadamente “o setor têxtil, que é altamente inovador e um ativo estratégico”.
Para a secretária de Estado, o futuro de Portugal tem que ser apoiado por uma “indústria 4.0 com vários eixos de atuação e 64 medidas, sendo que 51 dessas 64 medidas estão já a ser executadas ou prestes a entrarem em execução”.
Na sua intervenção, Ana Lehmann, abordou ainda a problemática da falta de mão de obra especializada, referindo que “a escassez de mão de obra é uma realidade à qual o governo está atento e a qualificação uma necessidade”, acrescentando ainda que “as empresas também devem assumir um papel relevante na qualificação dos seus funcionários”, indo também de encontro ao que é pretensão da UGT, que considera que “é necessário analisar e perceber as necessidades das empresas de cada região e indústria, para depois se poder adaptar a formação dos profissionais a essas necessidades”, como afirmou Carlos Silva. O dirigente sindical afirmou ainda que “no que respeita à formação dos jovens, tão necessária para este setor, tem que se acabar com a ideia de que o ensino profissional é mau. Tem de ser feito do ensino profissional uma janela de oportunidades para as empresas e para os jovens que querem iniciar a sua carreira profissional e não tirar um curso superior e ir para o desemprego. A escola e a formação tem de ser adequada e ir de encontro às necessidades das empresas”.
Ana Lehmann terminou a sua intervenção declarando que “há uma campanha para a aproximação dos jovens à industria, pois os jovens desconhecem as potencialidades da indústria moderna” e que por isso mesmo “importa cativar os jovens para a indústria transformadora”.
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